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Concurso com 6,1 mil candidatos colhe digitais contra fraude nas provas

Bruno Chaves e Kleber Clajus | 25/05/2014 08:41
Movimentação foi considerada tranquila nos locais de prova na manhã de hoje (Foto: Cleber Gellio)
Movimentação foi considerada tranquila nos locais de prova na manhã de hoje (Foto: Cleber Gellio)

A primeira fase de provas do polêmico concurso da Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda de Mato Grosso do Sul) teve início tranquilo na manhã deste domingo, em Campo Grande. Conforme o delegado Fernando Nogueira, peritos papiloscopistas aplicarão sistema antifraude no processo seletivo, colhendo as digitais de todos os 6.154 candidatos ao cargo de fiscal de renda.

“O método é comum em outros concursos realizados pelo Brasil”, afirmou Fernando. O número de peritos que trabalharão na segurança das provas não foi divulgado. Contudo, 12 delegados foram designados para acompanhar o processo seletivo.

Além deles, viaturas do BPTran (Batalhão da Polícia Militar de Trânsito) foram encaminhadas para reforçar a segurança aos acessos dos locais de prova, assim como agentes da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).

Candidatos – O contador Marco Antônio da Silva, 44 anos, ficou seis meses se preparando para a realização da prova. Antes de entrar no prédio onde ia ser avaliado, o candidato conversou coma reportagem e disse que mesmo estudante por um longo período nem sempre se está preparado.

O auditor fiscal Gustavo José Cardoso, 37, que mora o Rio de Janeiro (RJ), também presta concurso para fiscal de renda de Mato Grosso do Sul, que tem salário inicial de R$ 10,8 mil. Ele afirmou que foi tranquilo chegar ao local de aplicação de provas e que precisou gastar somente R$ 150 de hospedagem.

Na entrada de uma universidade da Capital, alguns candidatos disseram que os problemas que resultaram no cancelamento do processo em março deste ano tornaram a prova uma marmelada. Contudo, o que se observou na manhã de hoje foi um reforço na segurança para evitar fraudes.

O processo seletivo tornou-se polêmico depois de suspeitas de irregularidades na elaboração, que provocaram o cancelamento, determinado pelo governador André Puccinelli (PMDB), em fevereiro, pouco antes da data marcada para a realização das provas.

Mais estudo, mais concorrência – A supervisora de telemarketing Crislaine Figueiredo Ramos, 23, comentou que com a indefininação na aplicação da prova acabou significando mais tempo para estudar. “Ao mesmo tempo que tive mais tempo para poder me preparar, aumentou também o nível de concorrência”, disse.

Na prova de hoje da Sefaz, concorrem 6.154 candidatos, uma relação de 307,7 por vaga. Eles foram distribuídos entre as escola estaduais Maestro Frederico Liberman, no bairro monte Castelo, Vespasiano Martins, na Vila Glória, e Severino Ramos de Queiroz, na rua São Paulo; além da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), no Jardim Seminário, e da escola Mace, no Centro.

O assessor jurídico Helder Rodrigues, 31, disse que acabou o período da indecisão achando que o concurso não iria acontecer mais. “Mas vim preparado para conseguir conquistar uma vaga”, afirmou.

Na véspera do concurso, uma escola especializada fez aulão das 7h às 16h para reforçar os últimos detalhes antes das prova. Para o professor Deodato Neto, esse método “ajuda a deixar na memória recente do aluno os últimos detalhes para não se esquecer na prova”.

Sete candidatos chegaram a fazer revisão de conteúdo às 5h30 de hoje, afirmou o professor.

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