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Cidades

Ex-prefeito acusado de chacina está na Capital aguardando para ser extraditado

Michel Faustino e Daniel Machado | 05/03/2015 20:38
Neneco está detido na na Policia Federal em Campo Grande onde ficará até ser extraditado. (Foto: ABC Collor)
Neneco está detido na na Policia Federal em Campo Grande onde ficará até ser extraditado. (Foto: ABC Collor)

O ex-prefeito da cidade paraguaia Ype-Jhu Vilmar Neneco Acosta Marques preso na tarde de ontem (4), em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, foi transferido da delegacia da Policia Federal de Naviraí para a Capital por volta das 8h da manhã de hoje (05) onde deve permanecer até que saia a sua extradição para o Paraguai.

Advogadas contratadas para cuidar do caso de Neneco, alegam que estão sendo impedidas pela Polícia Federal de falar com ele.

“Estamos desde manhã aqui (Superintendência da Policia Federal de Campo Grande) tentando falar com ele, ou ter alguma explicação de para onde ele realmente irá e como estão suas condições. Ninguém fala nada. E eles estão ferindo a prerrogativa assegurada em lei”, ponderou.

Segundo a advogada, a única informação foi passada por uma escrivã que afirmou que em quanto não houvesse uma decisão do delegado responsável pelo caso elas não poderiam ter acesso ao cliente.

Neneco - Considerado pela polícia o maior traficante internacional de drogas e contrabandista da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, Neneco é apontado como mandante da morte do jornalista paraguaio do ABC Color, Pablo Medina, e outros tantos homicídios e chacinas ocorridos na fronteira.

Ele era procurado pelas polícias americana, paraguaia e brasileira e estava na mira da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). Ele foi encontrado por investigadores da Delegacia Regional da Polícia Civil de Naviraí, a 366 quilômetros da Capital, segundo a Sejusp (Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública).

Crimes - Neneco era prefeito de Ypejhú e foi expulso do partido após ter sido apontado como mandante da morte do jornalista do veículo paraguaio ABC Color, Pablo Medina, e da mulher que estava com ele em outubro do ano passado. Medina era repórter investigativo e estava fazendo uma série de matérias sobre o envolvimento de políticos no narcotráfico e apontou Neneco com um dos principais traficantes de droga da região. “Infelizmente ele pagou com a vida as denúncias que fazia”, diz Galinari.

Conforme o delegado, o ex-prefeito tocava o terror na divisa de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, inclusive na cidade de Paranhos. “Ele manda matar para controlar o tráfico na região. Ele distribui maconha para o Brasil inteiro”, destaca.

Neneco ainda é apontado como suspeito de ser mandante do atentado que matou três pessoas há quase duas semanas entre o município paraguaio Ypejhú e Paranhos. Um carro foi alvejado com 36 tiros, por ocupantes de uma caminhonete Nisssa Frontier. Morreram Gregório López Salinas 27 anos, marido da vereadora do Paraguai, Elisa Lomaquis, uma mulher e sua filha que passavam pelo local.

O Jornal ABC Color, foi a cidade onde Neneco era prefeito para falar com as pessoas, que deramentrevista, mas não quiseram se identificar. Os moradores contaram que o traficante chegava a roubar gado do povoado e advertia os proprietários que se fosse denunciado já sabia o que os esperavam. O jornal ainda compara o ex-prefeito ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar Gaviria, que em determinado momento da carreira de crime entrou para a política.

Quando Fernandinho Beira-Mar foi preso, começou uma briga entre as famílias que monopolizavam o tráfico de droga na região, como maconha, um dos carro chefe de Neneco. O jornal afirma que Neneco mandou matar, desde 2009, 23 pessoas, entre empregados, caseiros e pessoas envolvidas com

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