Ex-prefeito pede espaço na Câmara para explicar problemas com Gisa
O ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), solicitou espaço para se explicar na Câmara Municipal, após ser denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) por envolvimento em fraude na implantação do Gisa (Gestão de Informações em Saúde). Falhas no serviço levaram o Ministério da Saúde exigir devolução de R$ 8,1 milhões e são alvo de duas ações por improbidade administrativa.
Conforme o presidente da Comissão Permanente de Saúde, vereador Paulo Siufi (PMDB), o pedido ocorreu durante reunião dos peemedebistas na segunda-feira (23). “Ele pediu que o convocasse e estamos estudando uma data para ouvi-lo”.
Nesta semana, os procuradores regionais da República, Marcel Brugnera Mesquita e Marcos Nassar, pediram a condenação de Nelsinho e outras 25 pessoas e empresas por improbidade administrativa, devolução de R$ 16,3 milhões – sendo R$ 8,1 milhões a título de ressarcimento e o mesmo valor de indenização por danos morais –, bem como a perda dos direitos políticos e de contratar com o poder público.
Em entrevista anterior o ex-prefeito rechaçou as denúncias do MPF, porém admitiu que o sistema foi “plenamente desenvolvido e parcialmente implantado na nossa administração, inclusive com a supervisão e anuência de técnicos do Ministério da Saúde”.
Nelsinho ainda pontuou que sete de doze módulos foram instalados e atribuiu prejuízos na conclusão a “ingerência das administrações que me sucederam”.
Ele ainda acusou o MPF de não se fundamentar direito antes de propor a denúncia à Justiça Federal. “Novamente, o MPF se baseia em um relatório viciado que a CGU, o paralelo da CPI (da Saúde da Assembleia Legislativa), produziu induzindo ao erro”.