Risco à saúde força limpeza em "minicracolândia" na Nhanhá
Prefeitura justifica ação em imóvel particular e reforça canais para denúncias

A limpeza no sobrado abandonado da Travessa Novo Rumo, quase esquina com as Avenida das Bandeiras na Vila Nhanhá, realizada na manhã desta terça-feira (1º), foi motivada pelo risco à saúde pública. A informação foi confirmada pela Prefeitura de Campo Grande, que também destacou os canais disponíveis para denúncias desse tipo de situação.
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O imóvel é particular, mas há anos foi invadido por usuários de drogas. No local, além de resíduos como marmitas, latinhas e roupas, também foram encontradas fezes humanas em vários cômodos.
A Prefeitura reforçou que a limpeza e manutenção de imóveis particulares e terrenos baldios são de responsabilidade exclusiva dos proprietários, mas, neste caso, a situação exigiu uma intervenção pontual.
"Quando há risco à saúde da população, a Prefeitura coopera na remoção dos resíduos, mas é importante ressaltar que a obrigação pela limpeza e conservação desses locais é dos proprietários", destacou em nota.
Denúncias sobre abandono e sujeira em imóveis privados podem ser feitas pela Central de Atendimento 156 ou na plataforma Fala Campo Grande, disponível para download em iOS e Android, além do site fala.campogrande.ms.gov.br.
Situação de rua - Sobre as pessoas que frequentam o local, a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) informou que realiza abordagens para oferecer acolhimento em Comunidades Terapêuticas e no Centro-Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua).
No entanto, a política de assistência social segue legislação federal, como a Resolução nº 40 do Conselho Nacional de Direitos Humanos, que determina que não pode haver remoção forçada apenas pelo fato de alguém estar em situação de rua.
Mutirão de limpeza - Por volta das 8h, equipes das secretarias municipais de Infraestrutura e Serviços Públicos e de Administração chegaram ao local com duas retroescavadeiras e três caminhões para retirar o lixo acumulado no sobrado e em outra casa abandonada usada como abrigo por dependentes químicos.
Segundo apuração da reportagem, cerca de 20 pessoas estavam dentro dos imóveis, onde também foram encontradas pequenas porções de crack e cocaína. Ninguém foi preso.
Além da sujeira, havia restos de comida, roupas e fezes humanas nos cômodos.
Moradores relataram que as casas estão sendo leiloadas, mas a informação ainda não foi confirmada pela Prefeitura. A última limpeza no local havia sido feita em julho do ano passado.
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