Febre Amarela! O que você precisa saber antes de viajar
A febre amarela está novamente preocupando os brasileiros, depois que casos em macacos e humanos voltaram a ser registrados em algumas regiões do país. A onda começou no final de 2017 e prossegue neste início de 2018.
Portanto, se você vai viajar é prudente se informar a respeito da doença e como proceder para ser imunizado antes de embarcar. Além da vacinação em dia, importante saber quais as regiões de risco, sintomas, ciclos de transmissão e prevenção. Ah, não esquecer de manter a carteira de vacinação em dia porque alguns países exigem certificado. Confirma abaixo algumas dicas:
Quando o viajante deve tomar a vacina?
A vacina é essencial para quem viaja a áreas endêmicas dentro do Brasil: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro, segundo o Ministério da Saúde. E também para alguns países que exigem o certificado internacional de vacinação – Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) – como forma de se protegerem da disseminação da doença.
Quais países exigem o certificado?
A lista atual tem mais de cem países. Depois dos recentes casos de contaminação no Brasil, essa lista aumentou e Panamá, Nicarágua, Venezuela, Costa Rica, Equador e Cuba passaram a exigir a vacina de brasileiros. Saiba quais são todos os países no site oficial da Anvisa – https://viajante.anvisa.gov.br/viajante/
Qual o tempo de espera para a vacina começar a fazer efeito?
O efeito da vacina pode demorar de 10 dias a seis semanas, conforme informação da Anvisa. Por conta disso, o certificado só é aceito para a viagem se a vacina for tomada dez dias antes do embarque.
Como obter o certificado no caso de a vacina ser fracionada?
No caso da campanha da dose fracionada da vacina contra a febre amarela nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e no Estado da Bahia, a Organização Mundial de Saúde exige que o viajante tenha tomado uma única dose integral para obter o certificado. Com a nova campanha de vacinação fracionada (feita com um décimo do conteúdo da vacina integral), será necessário que o viajante que ainda não está imunizado vá aos postos de saúde munido, além de carteira de vacinação, do comprovante da viagem para poder tomar a dose integral.
Quem tomou a vacina em dose integral há mais de dez anos deve tomar de novo?
Desde 2017, o Ministério da Saúde adota a resolução da OMS: apenas uma dose é suficiente para proteger durante a vida toda. Sobre a possibilidade de contaminação mesmo tendo tomado a vacina, o Ministério da Saúde diz que “algumas pessoas podem não desenvolver anticorpos suficientes para proteger contra a doença, essa é uma situação rara, mas pode acontecer, por isso destacamos que a imunidade é entre 95% a 99%, ou seja, essa variação de 5% significa que não vai proteger entre 1% a 5% da população mesmo sendo vacinada.” Apesar da polêmica em torno do número de doses, do ponto de vista burocrático e internacional, os viajantes precisam ter tomado apenas uma dose integral na vida para obter o certificado.
Crianças e idosos têm restrições?
A vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, pessoas imunossuprimidas e com reação alérgica a ovo.
Quem não pode tomar a vacina?
Idosos acima dos 60 anos, gestantes, pessoas portadoras do vírus HIV ou com doenças hematológicas devem consultar um médico antes de se vacinar. Crianças de nove meses a menores de dois anos e pessoas em condições clínicas especiais também antes devem consultar o médico.
Onde tirar o certificado de vacinação internacional?
Nos Centros de Orientação para a Saúde do Viajante. É preciso ir pessoalmente ao local e levar RG, passaporte ou CNH e a carteira de vacinação. O serviço é gratuito.
Se você perdeu a sua carteira de vacinação ou o comprovante da dose contra a febre amarela, a recomendação é tentar ir ao posto onde a vacina foi dada para obter uma segunda via do documento.
Veja a lista completa de centros de orientação para a saúde do viajante – http://bit.ly/2FWknIu.