Governo apura se outras 30 pontes correm risco de desabar em MS
O governo de Mato Grosso do Sul fará uma auditoria para analisar o que aconteceu na ponte sobre o rio Santo Antônio na MS-382, que desabou no sábado (2), entre os municípios de Guia Lopes da Laguna e Antônio João. O objetivo é descobrir se houve falha no projeto de construção, que é o mesmo de outras 30 pontes construídas na mesma época em diferentes regiões do Estado.
Conforme o secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Migliori, se ficar constatado que essa foi a real causa do incidente, essas outras pontes também correm o risco de cair. “Trabalhamos com três hipóteses: a primeira é de que houve erro na execução do projeto, a segunda é que a o motivo foi as condições climáticas e a terceira que houve falha no projeto. Se for confirmada a terceira hipótese teremos que verificar outras 30 pontes que tiveram o meso projeto de construção”, explicou.
Segundo o secretário, o resultado da auditoria sai daqui uma semana, ou seja, no dia 10 deste mês. Para acompanhar a vistoria o Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura) convidou o engenheiro Carlos Liberato Portugal, professor do curso de engenharia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e especialista em estrutura de concreto).
Também será vistoriada MS-180, que liga Iguatemi a Juti. Por lá trechos foram danificados entre os quilômetros 15 e 30, conforme o secretário devido a uma barragem de uma área particular que cedeu. “Se ficar constatado que a responsabilidade do incidente foi do proprietário da área, ele será punido conforme a lei”, mencionou Migliori.
Além disso, a MS-295 entre os municípios de Tacuru e Iguatemi, que teve rompimento na cabeceira da ponte sobre o Rio Jogui, devido ao grande volume de água da chuva e a MS-156 que também passou por estragos. As auditorias serão feitas por outra empresa, e não a que construiu as pontes.
Ainda no Sul do Estado, nove empresas tentam recuperar estradas, mas de acordo com o secretario não conseguem terminar por contas das chuvas constantes.
A auditoria custará ao governo o valor de 5 a 10 mil reais. “Mas o importante é que o governo está fazendo o possível para conseguir resolver este problema, causado por conta das condições atípicas de chuvas que atingiram todas as regiões do Estado no final do ano passado”, finalizou.