Governo herdou 301 obras e precisa de R$ 192,3 milhões para concluí-las
Durante prestação de contas, na tarde desta terça-feira (7), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) declarou que o governo herdou 301 obras deixadas pela gestão anterior, e falta no caixa para concluí-las a quantia de R$ 192 milhões. Ele prometeu terminar 80% dos empreendimentos até dezembro deste ano.
Conforme o governador, para terminar todas as obras seriam necessários R$ 578.801.346,31. Mas, a gestão anterior deixou em caixa somente R$ 331.705.785,84, montante adquirido através de convênios com terceiros, além de R$ 53.828.640,33 em saldo da conta corrente do Governo e R$ 913.210,50 de saldo da Sanesul (conta corrente) para dar em contrapartida nos seus projetos com o poder público.
Para terminar os 77 empreendimentos viários como: pavimentações de rodovias e construção de pontes de concreto serão necessários R$ 222.531.604,58. Ao todo, 45 destas obras já estão sendo executadas; 27 estão sem ordem inicial de serviço; 4 estão paralisadas e se tratam de obras de acesso a usinas em Chapadão do Sul, Caarapó e Angélica; e apenas uma foi concluída.
Os 160 empreendimentos civis como: construção de órgãos públicos e presídios precisam de R$ 182.724.290,69 para serem concluídos. Entre eles está a construção do prédio da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e o Aquário do Pantanal, que segundo o governador, a comissão formada pelo Governo decidiu continuar com a construção, evitando assim um prejuízo maior.
“Decidimos continuar com a construção do Aquário para não termos mais prejuízos. Também prorrogamos por mais 90 dias a auditoria que será realizada pelo Instituto de Engenharia de São Paulo, que vai analisar todos os gastos e contratos realizados no local”, apontou Reinaldo.
Em relação as obras (empreendimento civis) que foram canceladas está o Hospital Regional de Dourados, que teve o empenho de R$ 21 milhões, mas apenas R$ 600 mil foi liquidado pelo governo anterior. O empenho foi cancelado no dia 31 de dezembro pelo ex-governador André Puccinelli (PMDB) e Reinaldo Azambuja decidiu cancelar o projeto.
“Pedi ao governador anterior para não liberar nada para esta obra, mas mesmo assim houve o empenho. Agora preferimos locar o Hospital São Luiz, em Dourados, que vai realizar cirurgias. A ação teve o apoio do prefeito da cidade, Murilo Zauith (SDB)”, mencionou o tucano.
Também foi paralisada o Hospital Regional de Três Lagoas orçado em R$ 32 milhões. De acordo com Reinaldo, o recurso para obra ainda não foi aprovado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). “Enquanto não for aprovado, não daremos andamento na obra”, ressaltou. A construção da Procuradoria Geral do Estado também foi cancelada, já que está se repensando a execucação do projeto.
Das 64 obras de infraestrutura urbana dos municípios orçadas em R$ 173.072.017,79; 29 estão paralisadas em função de reajuste de contrato, 21 estão em execusão, 8 sem ordem inicial de serviço, 4 foram extintas e 2 tiveram os contratos cancelados.
Ao todo, o governo anterior realizou R$ 31.860.989,06, em empréstimos. Este montante ainda está em caixa e, segundo o governador, será em novos investimentos."Nossa intenção era concluir 100% destas obras, mas algumas tem contrato para terminar em 2016", finalizou Reinaldo.