Hidrovia do rio Paraguai passa por vistoria ambiental
As condições ambientais e de navegação da hidrovia do rio Paraguai estão sendo analisadas, ao longo desta semana, por técnicos da Ahipar (Administração da Hidrovia do Paraguai) e do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). As equipes iniciaram hoje a viagem de barco pelo rio Paraguai, de Cáceres (MT) a Ladário (MS), para a vistoria.
Este é o primeiro passo para a renovação da licença operacional para a dragagem de manutenção na via, intervenção que ocorre anualmente em alguns trechos para permitir a navegação no período de seca na planície pantaneira. O licenciamento é expedido pelo Ibama e o atual, em vigor desde 1998, expira em abril de 2009.
A Hidrovia do Paraguai tem uma extensão de 1.272 km em território brasileiro e a dragagem ocorre apenas em 22 pontos, que se apresentam em um trecho de 150 quilômetros.
Ao longo de cada ano, o rio sofre modificações em seu leito, apresentando uma série de obstáculos à navegação, tais como, mudanças freqüentes do canal de navegação, bancos de areia e meandros com raios de curvatura muito reduzidos. Na época de julho a novembro, a profundidade do rio é reduzida devido à presença de depósitos naturais de areia no leito.
A navegação é mantida por meio de dragagens de manutenção, que garantem um canal de 60 metros de largura e profundidade de 1,8 metros para comboios tipo 2x3 (seis barcaças), autorizados pela Marinha. A Ahipar iniciou em julho o trabalho de recuperação do leito com a draga Curibatã e uma equipe de 11 pessoas.