Homem entra atirando em escola, mata 9 e fere mais de 20 no Rio de Janeiro
Nove crianças morreram e pelo menos 20 alunos foram baleados por ex-aluno que entrou atirando hoje em uma sala de aula na Escola Municipal Tarso da Silveira, na Rua General Bernardino, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro.
A PM fazia uma operação de combate ao transporte clandestino, com três carros, nas proximidades e viram quando o atirador saiu da escola, começou então troca de tiros.
O atirador foi identificado como Wellington Menezes de Oliveira. Ele foi baleado na perna e depois se matou. O homem deixou uma carta explicando as razões do atentado. A carta ainda não foi divulgada.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, neste momento é muito grande a movimentação de ambulâncias, pais e curiosos na frente da escola e também na porta do hospital.
A direção da unidade de ensino informou que o homem se passou por um palestrante para entrar na escola.
Com o barulho dos tiros, houve muita gritaria e os professores trancaram as portas das salas para proteger os alunos.
A Polícia Militar isolou toda a frente da escola e somente os pais dos alunos terão acesso ao local.
Segundo o major Machado, comandante do 14º BPM (Bangu), há ainda 22 feridos em estado grave apenas no Hospital Albert Schweitzer, a maioria baleada no tórax e na cabeça.
O prefeito Eduardo Paes está no local, e o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, e de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, estão a caminho.
O gari Dorival Porto Rafael, que se encontrava na escola no momento do tiroteio, contou que o homem armado entrou em uma sala da oitava série, onde cerca de 40 alunos assistiam à aula de português.
"Ele entrou na escola dizendo que daria uma palestra. Foi para uma sala da oitava série, que fica no primeiro andar, e sem falar nada tirou uma pistola da bolsa e começou a atirar. A polícia chegou, e ele tentou subir para o segundo andar, quando viu que estava cercado, deu um tiro na cabeça. Nenhum funcionário pode se aproximar, apenas a polícia está no local", disse ao jornal O Globo.
O morador vizinho a escola, Marcelo Alves, disse que estava chegando em casa por volta de 8h10m e viu a confusão em frente à escola. "Vi várias crianças, entre dez e 15, saindo baleadas. Pelo menos três eu vi que estavam com tiro na cabeça. Posso dizer que parecia que estavam mortas. E como a ambulância estava longe, as crianças estavam saindo nos braços dos pessoas e dos policiais. Muitos foram pro hospital no carro da polícia e em carros particulares"
A doméstica Jane, de 50 anos, estava em casa a poucos metros da escola quando ouviu dezenas de desparo, por volta das 8h. Correu até a escola imediatamente. Muitos pais de alunos e policiais entravam na escola:
"Foi uma cena de horror. Vi pelo menos cinco crianças mortas e várias feridas. Eu mesmo carreguei o corpo de duas crianças mortas, com tiros na cabeça. O cara só deu tiro na cabeça, para matar. Eu vi um homem jovem, mulato, bem vestido até, que segundo as outras pessoas era o assassino. Ele estava na escada, com o rosto para o chão. Acho que estava tentando fugir para o segundo andar quando foi morto".
(Informações do jornal O Globo)