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Interior

Ação para conter ameaça de rebelião mobilizou DOF e tropa de choque

Comandante da Polícia Militar diz que várias armas artesanais foram encontradas nas celas do raio onde ficam detentos do PCC

Helio de Freitas, de Dourados | 19/02/2015 10:27
Com apoio da tropa de choque enviada de Campo Grande, PM fez pente-fino e apreendeu armas artesanais no presídio de Dourados (Foto: Eliel Oliveira/Arquivo)
Com apoio da tropa de choque enviada de Campo Grande, PM fez pente-fino e apreendeu armas artesanais no presídio de Dourados (Foto: Eliel Oliveira/Arquivo)

Dezenas de armas artesanais foram apreendidas durante pente-fino feito por agentes penitenciários e policiais militares no presídio de segurança máxima de Dourados, a 233 km de Campo Grande. A operação, ocorrida na terça-feira desta semana, mas confirmada apenas na manhã desta quinta, mobilizou também homens do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e a tropa de choque da PM, deslocada da capital até Dourados para acompanhar o trabalho.

O Campo Grande News apurou hoje que o clima continua tenso na maior penitenciária de segurança máxima do interior do Mato Grosso do Sul, já que mesmo após a operação de terça-feira os detentos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) estariam ameaçando iniciar uma rebelião ainda nesta semana. Os relatos chegam aos meios de comunicação da cidade através de parentes dos próprios internos.

Em nota oficial sobre o balanço da Operação Carnaval, o comando do DOF confirmou participação na operação realizada no presídio. “Além das atividades normais prestadas pelas equipes por ocasião do Carnaval, foi desarticulada juntamente com 3ª Batalhão da Polícia Militar uma tentativa de rebelião na penitenciária de Dourados. Informações da Agepen davam conta de que internos tentariam se rebelar e tomariam agentes como reféns na ação, que foi frustrada por policiais do DOF e Força Tática da PM. Foram apreendidas várias armas artesanais e pedras que seriam usadas contra os agentes e policiais na tentativa de fuga”, informou o departamento.

O comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Carlos Silva, confirmou que armas artesanais foram apreendidas nas celas durante o pente-fino, feito após a direção do presídio acionar a PM para conter um princípio de motim. Os detentos se negavam a sair das celas e algumas foram parcialmente destruídas pelos presos.

Informações ainda não confirmadas oficialmente revelam que os detentos do PCC reclamam do tratamento de alguns agentes penitenciários. A Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) ainda não se pronunciou sobre o caso.

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