Agência festeja falta de maconha em SP e atribui à repressão na fronteira com MS
Ministro-chefe da Senad no Paraguai fez a avaliação após notícia de que a versão prensada é a mais escasso
Suposta escassez de maconha em São Paulo, maior cidade sul-americana, virou motivo de “comemoração” para a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai – principal país produtor da erva nas Américas.
Equipada e treinada pela DEA, a agência norte-americana de repressão às drogas, a Senad desenvolve, em parceria com a Polícia Federal brasileira, intensas e frequentes operações contra roças de maconha na faixa de fronteira com Mato Grosso do Sul, por onde entra 90% da erva consumida no Brasil.
Nesta terça-feira (7), o ministro-chefe da agência, Jalil Rachid, disse que a repressão ao narcotráfico na linha internacional é um dos motivos para a falta da droga na capital paulista. A suposta escassez foi apontada em reportagem publicada no dia 26 de abril pelo jornal Folha de S.Paulo.
Citando usuários, um delegado e até um traficante, a reportagem informa que o produto prensado é o mais escasso, o que fez o preço disparar.
O policial, que não teve o nome divulgado, também atribui como motivos para a falta da erva o racha interno na facção PCC (Primeiro Comando da Capital) e uma suposta entressafra da maconha no Paraguai – informação desmentida pelas próprias operações da Senad, já que o cultivo ocorre o ano inteiro.
“Em alguns estados brasileiros se registra carência de maconha e por isso aumentaram os preços. Se atribuem a vários fatores e estamos contentes por sermos um desses fatores através de grandes operações como Nova Aliança e Basalto”, afirmou Jalil Rachid.
Em nota, a Senad informou que nos últimos oito meses, pelo menos 3 milhões de quilos de maconha foram retirados de circulação antes que chegassem ao mercado brasileiro. Conforme a agência paraguaia, as lavouras da droga na fronteira são controladas por facções criminosas brasileiras, principalmente PCC e Comando Vermelho.
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