Agepen nega princípio de motim na PED e apreende celular que enviou áudios
Segundo agência, vídeo com barulho de ‘bate grade’ é antigo; presidente do Sinsap tinha confirmado motim à noite
A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) negou que tenha ocorrido um princípio de motim na noite de ontem (10) na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Em nota enviada nesta quarta-feira pela assessoria de imprensa, a agência afirma que o vídeo com som de “bate grade” promovido pelos detentos é antigo e que não houve nenhuma alteração na noite de ontem.
O princípio de motim tinha sido confirmado ao Campo Grande News às 23h19 de ontem pelo presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), André Santiago.
“Cabe ressaltar que é um vídeo antigo da PED e que é comum esse tipo de agitação ocorrer nos presídios no período da noite, principalmente quando algum interno necessita de atendimentos médicos e os demais detentos buscam chamar a atenção dos agentes para prestarem o socorro”, informou a Agepen.
A reportagem também teve acesso na noite de ontem a áudios de um suposto detento da penitenciaria, comentando sobre uma possível rebelião.
“Foram no A3 e falaram para o PCC que quinta-feira vai tudo para o ‘raio’. Vai esvaziar a galeria deles. Tirar o pessoal do ‘RDD’. Os caras tão na linha falando que a PM vai tirar o ‘RDD’ deles. Galeria conquistada com suor e deu aval para quebrar hoje de madrugada ou pegar a polícia antes de quinta-feira”, diz o detento.
A Agepen disse que o celular usado para enviar os áudios foi apreendido nesta quarta-feira. “Informamos que já identificamos o interno que mandou os áudios, bem como apreendemos o celular utilizado. No entanto, movimentações dentro das alas do presídio fazem parte da rotina, conforme a necessidade de segurança e classificação do perfil dos detentos”.
Conforme a Agepen, a Gisp (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário), integrada com demais órgãos de inteligência, está apurando a situação apontada pelo detento nos áudios, “porém, até o momento, não há nenhum indício que seja uma informação verdadeira”.
Ainda segundo a agência, todas as informações são tratadas com muito cuidado e atenção, “no entanto, por vezes, são difundidas situações que não são verídicas buscando desestabilizar a rotina de trabalho no sistema penitenciário”.