Ajudante de pintor é condenado a 50 anos de prisão por abuso sexual de crianças
Homem de 55 anos respondeu por cinco suspeitas de estupro e foi preso após imagens comprovarem os crimes
Luiz Eidi Watanabe, de 55 anos, conhecido como japonês, recebeu nova condenação criminal nesta terça-feira (16) com pena de 50 anos de reclusão. Denunciado por abuso infantil em Rio Negro, cidade a 144 quilômetros da Capital, ele também foi condenado a pagar mais de R$ 25 mil para cada uma das vítimas.
Em julho do ano passado, o ajudante de pintor foi preso em flagrante enquanto abusava sexualmente de dois meninos. A primeira denúncia ocorreu no ano de 2017, sendo denunciado novamente em 2020, quando as investigações se intensificaram.
Conforme noticiado pelo Campo Grande News, duas situações dificultaram que o caso fosse comprovado antes: a relação afetiva que havia entre o denunciado e as crianças, o que as impedia de dar detalhes ou contar as situações de abuso de forma conclusiva, e ainda, o fato de o suspeito não praticar atos que deixassem marcas que pudessem ser verificadas em exames de corpo de delito.
Segundo o delegado de Rio Negro, Gabriel Cardoso, o acusado mantinha as crianças em silêncio porque as presenteava com doces, alimentos, brinquedos e até celular. A polícia identificou que uma das crianças tinha um celular cujo chip estava em nome do suspeito. Todas eram bem pobres e viviam em situação de vulnerabilidade.
Com as provas obtidas, foi possível compreender que os fatos já vinham ocorrendo há algum tempo, sendo identificadas pelo menos cinco vítimas ao longo dos anos, além de fornecer os elementos necessários à ação penal.
Indiciado - Luiz Eidi respondeu por cinco casos de abuso contra crianças de 3 a 11 anos de idade, sendo que os dois últimos casos foram comprovados já com as câmeras instaladas.
Dois garotos de 11 anos se relacionavam enquanto ele assistia e coordenava a cena. Ao todo, as vítimas já identificadas são uma menina de 3 anos de idade; um menino de 6; uma menina de 9; e dois meninos de 11.
A Polícia Civil informou que não divulgará novas imagens do suspeito, nem de sua prisão por recomendação da Assessoria Jurídica.
