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Interior

Após circo ser barrado, empresário reclama da dificuldade de levar shows

Com atraso de espetáculo, prefeitura da cidade explicou como funcionam as cobranças de eventos particulares

Por Alison Silva | 16/01/2024 18:57
Escultura de peixes na Praça da Liberdade, em Bonito (Foto: Paulo Francis)
Escultura de peixes na Praça da Liberdade, em Bonito (Foto: Paulo Francis)

Empresário do ramo de eventos, Valter Júnior, 40 anos, responsável pela Santo Show Produções e Eventos, disse que o entrave envolvendo o Circo Pipokinha Show é apenas mais um que acontece na cidade turística de Bonito, distante 260 km da Capital.

Ao Campo Grande News ele falou que está inviável levar grandes eventos para a cidade, uma vez que, segundo Valter Júnior, as cobranças realizadas pela administração são absurdas e que os trâmites para emissão de alvarás e liberações de funcionamento são dificultados pela Prefeitura.

O empresário afirma que teve de mudar a estratégia. “Retiramos os eventos da cidade e levamos para o município de Jardim. Lá conseguimos todas as liberações em três dias, coisas que nem em meses conseguimos resolver em Bonito”, falou.

O último evento que o promoter tentou levar à cidade turística foi o show sertanejo da dupla Hugo & Guilherme e de Murilo Huff, eventos parte do Bonito Music, transferido para Jardim, em outubro passado. “Nessa movimentação já tivemos prejuízo de R$ 200 mil, só pela transferência de local, muitos clientes já tinham reservado hotel e tivemos que ressarcir”.

Banner de evento transferido para a cidade de Jardim (Foto: Reprodução / Redes Sociais)
Banner de evento transferido para a cidade de Jardim (Foto: Reprodução / Redes Sociais)


Resolvido - Após barrar o Circo Pipokinha Show, a prefeitura da cidade esclareceu quais são os trâmites necessários para a realização de shows e eventos particulares, caso que também se aplica a shows.

O imbróglio veio à tona na tarde de segunda-feira (15), quando o palhaço Roger Alexssandro Rodrigues, de 31 anos, responsável pela estrutura, expôs o valor cobrado pela administração municipal por alvará de 32 dias - R$ 8,1 mil, valor inviável, segundo o dono do circo.

Em contrapartida, a prefeitura da cidade esclareceu que para eventos particulares, são cobrados 12 UFM (Unidades Fiscais Municipais), atualmente com valor de R$ 103,92 por dia, além de 5% em cima dos ingressos, conforme o público estimado do circo, com capacidade para 300 pessoas.

Conforme a Prefeitura de Bonito, o valor do alvará é calculado de acordo com o Código Tributário, elaborado com base na Lei Municipal nº 37 de 12 de dezembro de 2000. Já os documentos solicitados pela realização de eventos são descritos no Decreto Municipal nº 2015/2023.

Executivo municipal e circo entraram em acordo e os artistas se apresentarão na estrutura entre os dias 19 e 21, e não por um mês, como estava previsto.

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