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Interior

Após oito horas de bloqueio, indígenas liberam rodovia em MS

Trecho na altura do km 53, em Ponta Porã, foi bloqueado de manhã; houve outra interdição em Dourados

Por Helio de Freitas, de Dourados | 03/07/2024 16:50
Policial rodoviário federal em ponto da BR-463 que ficou bloqueado por oito horas (Foto: Divulgação)
Policial rodoviário federal em ponto da BR-463 que ficou bloqueado por oito horas (Foto: Divulgação)

Indígenas encerraram por volta de 16h desta quarta-feira (3) os dois bloqueios montados na BR-463, rodovia que liga Dourados a Ponta Porã e principal acesso de Mato Grosso do Sul a Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

A estrada foi interditada em dois pontos – no km 53, município de Ponta Porã, e no km 17, no trevo de acesso ao Aeroporto Francisco de Matos Pereira, em Dourados.

O primeiro foi montado por volta de 8h e causou filas de carros e caminhões nos dois sentidos. O segundo trecho foi fechado por volta de meio-dia e causou menos impacto, pois a PRF (Polícia Rodoviária Federal) orientou os motoristas a pegarem desvio, pelo município de Laguna Carapã.

No primeiro ponto de interdição, houve princípio de tensão quando motorista de uma caminhonete tentou pegar desvio por estrada de terra, mas foi cercado pelos indígenas e obrigado a voltar. Policiais rodoviários federais que faziam a segurança na estrada tiveram de intervir para evitar confronto.

O movimento indígena apresentou duas justificativas para os bloqueios. Lideranças da interdição em Ponta Porã informaram que o protesto era contra a PEC 48/2023, em andamento no Senado, que estabelece no país a tese do marco temporal, rejeitada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no ano passado.

Já a ONG Aty Guasu informou em suas redes sociais que os atos ocorrem em protesto pelo valor destinado pelo Governo Federal ao agronegócio por meio do Plano Safra 2024/2025, de R$ 500 bilhões. Segundo a entidade, com o dinheiro, o Governo Lula financia “desmatamento e envenenamento” praticado pelo agronegócio enquanto os povos indígenas recebem apenas “uns tostões” e as demarcações de terra seguem travadas.

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