Assalto a banco foi praticado por “quadrilha especializada”, diz delegado
Chefe do SIG confirmou que assaltantes são de outro estado; valor roubado foi “de pouco mais” de R$ 200 mil
O assalto à agência do Bradesco em Dourados (a 233 km de Campo Grande), na manhã de ontem (10), foi praticado por “quadrilha especializada” neste tipo de crime e com método de ação diferente do adotado pelo chamado “novo cangaço”, que se notabilizou por atos violentos e ataques até contra policiais.
Segundo o delegado Erasmo Cubas, chefe do SIG (Setor de Investigações Gerais), esses assaltantes usam mais de inteligência e menos de violência. “São mais interessados nos valores, agem na surdina, sem chamar atenção, sem escandalizar com armamentos”.
Em entrevista nesta tarde, ele confirmou que os bandidos são de outro estado (sem revelar de qual) e que vieram a Dourados exclusivamente para praticar o roubo. Hoje de manhã, o Campo Grande News tinha divulgado em primeira mão que os assaltantes são de fora de Mato Grosso do Sul.
“Poderia ser em qualquer agência bancária, mas na primeira que eles tentaram já obtiveram êxito e pelo que tudo indica não estão mais na cidade”, explicou o delegado. De manhã, Cubas estava em diligências, fora de MS.
O delegado disse que a polícia já tem linha de investigação, mas como se trata de crime “mais complexo” ainda não pode revelar muitos detalhes.
Nem mesmo o número de assaltantes é conhecido, mas teriam sido pelo menos três bandidos. A investigação tem apoio da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros).
O valor exato levado pelos assaltantes não foi informado, mas o banco informou à polícia que teria sido de “pouco mais” de R$ 200 mil. O dinheiro estaria em três caixas eletrônicos da agência. O assalto ocorreu logo no início da manhã.
Conforme o delegado Erasmo Cubas, os assaltantes entraram no espaço onde ficam os caixas eletrônicos no momento em que apenas um funcionário do banco fazia o abastecimento das máquinas. Toda a ação foi gravada pelo circuito interno de câmeras.
Ameaçado, o funcionário foi obrigado a deitar no chão enquanto os bandidos recolhiam o dinheiro. Em seguida deixaram a agência. Pelo menos um deles estaria armado. A porta de acesso ao espaço onde ficam os caixas eletrônicos não possui detector de metais.