Ataque a militares de grupo de elite deixa três mortos na fronteira
Militares da Força-Tarefa Conjunta foram emboscados na estrada entre Aguaray e Capitán Bado
Pelo menos três militares da FTC (Força-Tarefa Conjunta), grupo de elite das forças armadas do Paraguai, morreram durante ataque armado ocorrido na tarde desta quinta-feira (29) em estrada de terra na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.
Segundo as primeiras informações da imprensa paraguaia, os militares seguiam em um veículo blindado quando ocorreu o atentado, entre as cidades de Santa Rosa del Aguaray e Capitán Bado, na divisa dos departamentos de San Pedro e Amambay.
Capitán Bado é separada por uma rua de Coronel Sapucaia (MS) e Santa Rosa del Aguaray fica a 147 km da linha internacional. Entretanto, o local do ataque fica a menos de 60 km de Mato Grosso do Sul. Atualmente existe ligação por estrada asfaltada entre as duas cidades, mas o atentado aconteceu em um antigo caminho de terra.
A região onde ocorreu o ataque, cercada de matas, é dominada pelo grupo terrorista EPP (Exército do Povo Paraguaio), guerrilha marxista que há quase 15 anos luta contra o governo paraguaio. A FTC foi criada justamente para combater os terroristas que promovem sequestros, assaltos e saques contra propriedades rurais.
Conforme sites de notícias do Paraguai, o ataque aconteceu fazenda La Yeya. Naquela mesma região, o agricultor Franz Wiebe foi sequestrado pelos guerrilheiros em 2016 e só libertado no ano seguinte, após pagamento de resgate.
Nesta semana, o peão Juan Carlos Olmedo Fernández, 46, foi sequestrado por homens armados da fazenda onde trabalha, na região do povoado de Tacuatí, a pouco mais de 100 km do local do atentado de hoje.
O sequestro teria sido praticado pela ACA-EP (Agrupación Campesina Armada Exército do Povo), fundada por antigos membros do EPP. Juan Carlos foi libertado ontem à noite. O governo paraguaio afirma que não houve pagamento de resgate.