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Interior

Até ex-vereador com 2,9 milhões em bens ganha auxílio emergencial

Valores foram apresentados à Justiça Eleitoral em 2016, quando José Marcos Alves foi candidato a vice-prefeito

Gabriel Neris | 02/07/2020 14:30
José Marcos Alves, ex-vereador de Rio Negro (Foto: Reprodução)
José Marcos Alves, ex-vereador de Rio Negro (Foto: Reprodução)

Ex-vereador e candidato a vice-prefeito derrotado em 2016, pelo PV, em Rio Negro, a 144 km de Campo Grande, José Marcos Alves aparece na lista de beneficiados com R$ 600 do auxílio emergencial. O detalhe é que Marcos havia declarado a Justiça Eleitoral R$ 2,9 milhões em bens.

Entre os bens declarados há duas casas, de R$ 250 mil e R$ 650 mil, dois veículos, que somados passam de R$ 70 mil, prédio comercial de R$ 450 mil, e R$ 57 mil em espécie.

Também aparecem na lista outros bens imóveis em condomínio residencial avaliados à época em R$ 1,1 milhão.

Em consulta no site do programa federal destinado a ajudar os mais atingidos com a pandemia da covid-19, consta que o benefício foi aprovado para o ex-vereador.

O Campo Grande News tentou entrar em contato com o ex-parlamentar, mas as chamadas por telefone e mensagens não foram respondidas.

Também em Rio Negro, a primeira-dama do município Camila Alves de Freitas, de 27 anos, mulher do prefeito Cleidimar da Silva Camargo (PSDB), foi denunciada por receber o benefício de forma irregular. Ela registrou boletim de ocorrência, alegando que teve o nome inserido indevidamente.

No registro policial, Camila diz que nunca fez o pedido e diante da situação está passando por julgamentos da população. Também afirmou que recebeu o número de protocolo pelo celular, mas que nunca solicitou.

Desde que o auxilio começou a ser pago, o Campo Grande News citou vário casos de pagamento irregular do benefício. Um dos mais absurdos foi de Mirna Orrego de Segovia, prefeita de Carmello Peralta, cidade paraguaia que faz fronteira com Porto Murtinho (MS),.

Apesar de nem viver no Brasil, ela entrou na lista de beneficiários dos valores pagos pelao governo federal como forma de amenizar os impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus.  Mirna alegou que recebia Bolsa Família quando a filha estudava no Brasil.

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