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Interior

Autoridades brasileiras aguardam Marinha paraguaia retirar barco do rio

Viviane Oliveira | 30/09/2014 08:30
Mesmo com mergulho suspenso, militares continuam as buscas percorrendo o rio. (Foto: Marcelo Calazans)
Mesmo com mergulho suspenso, militares continuam as buscas percorrendo o rio. (Foto: Marcelo Calazans)
Desesperados, família do dono da embarcação  tenta arrastar o barco-hotel para a margem do rio. (Foto: Edicarlos Olveira)
Desesperados, família do dono da embarcação tenta arrastar o barco-hotel para a margem do rio. (Foto: Edicarlos Olveira)

As autoridades brasileiras aguardam a Marinha paraguaia fazer a retirada do barco-hotel que naufragou na última quarta-feira (24) durante temporal no Rio Paraguai em Porto Murtinho, a 431 quilômetros de Campo Grande. Na embarcação havia 27 ocupantes, 13 se salvaram, 11 foram encontrados mortos e três continuam desaparecidos.

De acordo com o capitão-tenente da Agência Fluvial de Porto Murtinho, Alexandre Brandão da Silva, o Paraguai ficou de contratar uma empresa autorizada para fazer a retirada do barco-hotel, mas até agora a capitania brasileira não foi informada de quando os trabalhos serão iniciados. “O cônsul do Paraguai ficou de nos avisar, mas até agora não temos nenhuma informação”, diz Brandão.

Ainda conforme o capitão, o Corpo de Bombeiros com o apoio da Marinha do Brasil continua percorrendo o rio com duas lanchas. Os trabalhos de mergulho foram suspensos desde domingo depois que foi constatado que o barco-hotel estava mudando de posição e oferecendo risco aos mergulhadores. As autoridades brasileiras acreditam que os corpos ainda estão na chalana. “Na nossa avaliação existe uma grande chance dos corpos estarem presos na embarcação”, destaca.

Circula na cidade a informação de que o barco começou a ser puxado para as margens do rio na tarde de ontem (29) pelos familiares do dono da embarcação, Luiz Penayo, que continua desaparecido, com auxílio de barcos menores, cabos de aço e um rebocador. O prefeito de Porto Murinho, Heitor Miranda (PT), diz que esse procedimento é totalmente ilegal e irregular. “Nós estamos de mãos atadas, o Brasil não pode fazer a retirada da embarcação porque o barco-hotel é do Paraguai e está em águas paraguaias", explica.

Náufrago - O barco hotel Sueño del Pantanal, de bandeira paraguaia, naufragou na tarde de quarta-feira (24), após ser atingido por um tornado. O vento de quase 100km/h destelhou construções, derrubou árvores e postes, prejudicou a rede de energia e tombou o barco que estava no Rio Paraguai cerca de 50 metros de atracar na margem estrangeira. Até o momento 11 corpos já foram encontrados. Faltam três, sendo dois turistas e um tripulante.

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