Avião de empresário de MS é interceptado pela FAB com carga de cocaína
Aeronave está registrada em nome de Derio Jamir Bervig, mas está com licença de voo suspensa
Um avião de pequeno porte registrado em nome do empresário Derio Jamir Bervig, residente em Bonito (a 257 km de Campo Grande), fez pouso forçado em área rural de São Paulo após ser perseguido por caça da FAB (Força Aérea Brasileira) na manhã desta quarta-feira (18).
De acordo com informações da Polícia Militar de Ourinhos, onde o caso foi registrado, dois homens estavam sobrevoando o Estado de São Paulo vindos da região de fronteira e foram interceptados pela equipe aérea.
Inicialmente, havia informação de que a aeronave tinha sido abatida, mas depois a polícia confirmou que o piloto, para fugir da perseguição aérea, fez pouso forçado na lavoura de soja e fugiu. A Polícia Federal, que foi ao local para apreender a droga e o avião, não informou a quantidade de cocaína apreendida, mas o avião estava lotado (veja imagens acima).
Para escapar do avião da FAB, o piloto fez manobras no ar até aterrissar na plantação de soja no distrito de Santa Cruz do Rio Pardo, localizado entre Ourinhos e Bauru. Durante a verificação da aeronave, foram encontrados os tabletes de cocaína.
A polícia segue em busca dos suspeitos com ajuda de cães farejadores. Aeronave e a droga devem ser encaminhadas até a sede da Polícia Federal de Marília, a 625 quilômetros de Campo Grande. Segundo registro da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o avião está com a licença de operação suspensa e impedido de voar como táxi aéreo.
Filho preso - A reportagem apurou que o filho do proprietário da aeronave, Marlon Jamil Bervig, 33, foi preso em julho de 2021 por tráfico de drogas em Três Lagoas. No pedido de habeas corpus impetrado dois dias após a prisão, os advogados de defesa do jovem acrescentam que ele é pai de dois filhos e que sua família exerce atividade comercial no ramo de marmoraria.
Marlon foi preso no município de Três Lagoas no dia 20 de julho de 2021. No pedido de liberdade, rejeitado pelo TJMS em 24 do mesmo mês, o rapaz negou ser dono da droga que transportava e disse que apenas tinha aproveitado a oportunidade para ganhar dinheiro. Condenado em regime aberto, ele saiu da cadeia dois meses depois de ser preso.
(*) Matéria alterada às 21h23, para acréscimo de informações.
