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Interior

Bando de Jarvis Pavão é suspeito de chacina em fazenda na fronteira

Testemunha disse que os seis bandidos que invadiram fazenda procuravam armas deixadas por homem executado sábado em MS

Helio de Freitas, de Dourados | 24/07/2019 09:30
Fazenda onde três homens foram executados e um deles teve o corpo queimado, em Yby Yaú (Foto: ABC Color)
Fazenda onde três homens foram executados e um deles teve o corpo queimado, em Yby Yaú (Foto: ABC Color)

A polícia paraguaia suspeita que a chacina de três homens na madrugada de hoje (24) na zona rural de Yby Yaú tenha sido obra da quadrilha do narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenez Pavão. Dois homens foram executados e outro queimado vivo. Os três eram funcionários da fazenda “Cerro Mojón”, no município paraguaio localizado a 100 km de Ponta Porã (MS).

A funcionária da fazenda que procurou a polícia para denunciar o ataque disse que os seis bandidos armados chegaram em dois carros à procura de armas, supostamente deixadas na propriedade rural por Eduardo Montiel Cavalheiro, 42, o “Dudu”.

Apontado com um dos homens de confiança na quadrilha de Jarvis Pavão, Eduardo Cavalheiro foi executado a tiros de pistola 9 milímetros quando estava em frente a uma conveniência, sábado (20), em Amambai, cidade sul-mato-grossense a 360 km de Campo Grande.

Policiais foram de madrugada até a fazenda e encontraram os três corpos. Várias máquinas agrícolas da propriedade também foram queimadas. Até agora os mortos não foram identificados.

Luis Apesteguía, porta-voz da FTC (Força-Tarefa Conjunta) – grupo formado por policiais e homens das forças armadas do Paraguai – atribui a chacina ao ajuste de contas entre narcotraficantes.

Pavão – Natural de Ponta Porã, onde tem familiares, Jarvis Gimenez Pavão passou oito anos preso no Paraguai, cumprindo pena por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Em dezembro de 2017 foi expulso e entregue à Polícia Federal brasileira. Atualmente está no Presídio Federal de Mossoró (RN), onde cumpre duas sentenças por tráfico na região Sul do país.

Apontado com um dos maiores traficantes da fronteira, Pavão se aliou ao PCC (Primeiro Comando da Capital), mas nos últimos meses a quadrilha dele vem sendo dizimada pelos ex-sócios.

Várias pessoas ligadas ao bandido foram executadas, entre elas o tio de Pavão, Francisco Novais Gimenez, o Chico Gimenez, morto a tiros em dezembro do ano passado em Ponta Porã, onde foi vereador e candidato a prefeito.

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