Câmara autoriza afastamento de Dirceu Bettoni para tratamento após atentado
Com o procedimento administrativo, vice-prefeito responderá interinamente pela gestão enquanto titular se recupera de ferimentos a tiros sofridos em 14 de junho
A Câmara Municipal de Paranhos –a 469 km de Campo Grande– aprovou na manhã desta quinta-feira (21) o afastamento para tratamento de saúde do prefeito Dirceu Bettoni (PSDB), alvo de atentado a tiros quando chegava em sua casa no dia 14 de junho. Durante os próximos 30 dias, a cidade será administrada pelo vice, Luciano Rodrigues (DEM).
Em nota, a administração de Paranhos informou que o afastamento dependia da remessa à Câmara do pedido a partir do gabinete do prefeito –o Legislativo se reuniu em sessão extraordinária na manhã desta quinta para aprovar o requerimento.
Rodrigues, em nota, garantiu que durante o período de substituição a Bettoni, dará continuidade “a projetos desenvolvidos na área da educação, saúde, assistência social e infraestrutura”, colaborando com uma gestão “voltada à reconstrução de Paranhos”.
Bettoni foi atingido quando chegava em sua casa no Centro de Paranhos. Os tiros de calibre .38 atingiram a cabeça, boca e abdome do prefeito, que foi transferido para Dourados –a 233 km de Campo Grande.
Crime – Em 16 de junho, o pistoleiro Gabriel Queiroz, 26, e a mulher, Djuly Priscilla Couto, 28, foram presos por uma equipe do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) quando fugiam para Campo Grande. Ele confessou que receberia R$ 20 mil pelo crime, contudo, apenas R$ 5 mil foram pagos; e afirmou às autoridades que não sabia que a vítima era o prefeito.
No domingo (17), o paraguaio Jomar Lemes, 47, foi executado a tiros de calibre 9hh quando deixava a Delegacia de Polícia Civil de Paranhos, onde havia prestado depoimento sobre o caso. Ele tinha envolvimento com o crime, mas como não houve flagrante, foi liberado –mas teve celular e motocicleta apreendidos.
Ao Campo Grande News, na quarta-feira (20), durante ato em Campo Grande, o vice-prefeito disse que o crime contra Bettoni teria como fundo a venda de terras no Paraguai. “Paranhos não é um velho oeste e o que aconteceu foi uma situação pontual”, disse.
