Caminhão atola e parte de quadrilha especializada no “falso frete” é presa
Grupo agia, possivelmente, a mando da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital)
A Polícia Militar, Força Tática e Ali (Agência Local de Inteligência) de Dourados, a 225 km de Campo Grande, prenderam parte uma quadrilha especializada em roubo de caminhões, que agia pelo “falso frete”. A ação foi possível depois de o grupo roubar uma vítima e atolar o caminhão na MS-376, em Laguna Caarapã, a 275 km da Capital.
Conforme o boletim de ocorrência, o motorista de 42 anos, morador na cidade de Augusto Pestana, no Rio Grande do Sul, foi vítima da quadrilha após aceitar um frete via aplicativo. A contratação seria para o transporte de uma carga de soja de Laguna Carapã à Goiânia.
O motorista conduzia uma carreta Scania, azul, atrelada a um semirreboque, da marca Guerra, e o combinado era se encontrar com os supostos “contratantes” no posto Tropeiro em Dourados, na rodovia BR-463.
Logo após início da viagem, próximo a Usina São Fernando, João Carlos Soares, de 27 anos, e um assaltante identificado apenas pelo apelido de “Tchuca”, anunciaram o assalto e com apoio de um terceiro assaltante que estava em um veículo VW/Fox, de cor branca, com placas de Monte Aprazível, no interior de São Paulo, retiraram o motorista da carreta e o colocaram no porta-malas do carro de passeio.
Amarrado, o motorista foi levado para um cativeiro em Dourados, enquanto João Carlos, seguiu com a carreta com destino ao Paraguai. Um tempo depois a vítima foi liberada, e acionou a PM. João atolou o caminhão em um trecho da MS-376 em Laguna Carapã, e foi localizado em seguidas pelas equipes policiais.
O envolvido encontrado atolado, admitiu o crime e entregou os comparsas Samuel Pereira Júnior, de 20 anos, morador no Parque I e Maicon Douglas Souza Benício, de 22 anos, residente no Parque Alvorada.
Presos, os três revelaram como funcionava o esquema e que haviam sido contratados por “Tchuca”. Segundo o Dourados News, grupo agia a mando do PCC. João chegou a dizer que receberia R$ 2,5 mil para dirigir até o Paraguai.
Além da prisão dos três assaltantes, a Polícia Militar apreendeu o veículo VW/Fox e VW/Gol, usados no crime, 250 gramas de maconha e um revólver calibre 38, com três munições intactas. O quarto envolvido, de apelido de Tchuca, ainda não foi localizado.
João foi reconhecido pela vítima. Samuel e Maicon afirmaram que suas funções eram manter a vítima amarrada até o caminhão chegar no Paraguai. Pelo serviço a dupla disse que receberia R$ 40 mil, cada um.