Caminhoneiros fecham três trechos e garantem protesto até as 17h
Depois de suspender os bloqueios na região de Dourados, os caminhoneiros resolveram manter o protesto com paralisação na MS-134, entre Nova Andradina e o Distrito de Casa Verde; na MS-276, em frente ao posto Tigrão, em Batayporã, que liga o município a Anaurilândia e à MS-480, onde há outro ponto de manifestação, segundo a PMRE (Polícia Militar Rodoviária Estadual).
As paralisações devem seguir até as 17h de hoje (3), conforme informaram lideranças do movimento aos policiais, que acompanham o ato. É permitida a passagem de carros de passeio, ambulâncias, ônibus; além de caminhões com cargas vivas e perecíveis.
Esse é o terceiro dia de manifestações em Nova Andradina e o 11º no Estado. Na região de Dourados, os transportadores se organizaram para mais um dia de bloqueio, mas decidiram deixar as margens das rodovias no início da manhã.
Eles disseram aos policiais que vão esperar até a próxima terça-feira (10) para decidir se retomam o protesto. Para o dia 10 desse mês está marcada reunião dos representantes dos trasportadores com a presidente Dilma Rousseff (PT), segundo o empresário Valcir Francisco da Silva, que atua no transporte de grãos e derivados para exportação.
As reivindicações dos caminhoneiros de Mato Grosso do Sul serão apresentadas pelo presidente da Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros), José Araújo Silva, conhecido como China. Segundo Valcir, não está confirmada uma suspensão geral das paralisações e é possível que haja manifesto amanhã (4) em São Gabriel do Oeste, a 140 quilômetros de Capital.
Eles querem a redução do preço do óleo diesel e o estabelecimento de uma tabela de frete, que determine, no mínimo, R$ 0,85 por eixo, para o quilômetro rodado, a fim de atualizar valores com defasagem de dez anos.
Lei dos Caminhoneiros - Ontem (2), A presidenta Dilma Rousseff sancionou sem vetos, a Lei dos Caminhoneiros, que atende reivindicações da categoria. A lei deve ser publicada na edição desta terça-feira (3) do Diário Oficial da União. O acordo era a liberação das estradas em todo o país, com a sansão da lei, que altera carga horária, tempo de horas extras e intervalos; além de perdoar multas por excesso de peso dos caminhões, recebidas nos últimos dois anos, e muda a responsabilidade sobre o prejuízo, entre outros.