Chuva isola pelo menos dois assentamentos em Corumbá
Assentamentos Taquaral e Tamarineiros tiveram as vias interditadas pelos estragos causados pela chuva
Entre os municípios atingidos pela chuva em Mato Grosso do Sul, Corumbá também apresenta prejuízos. A forte chuva atingiu a cidade na segunda-feira, quando o índice foi de 90 milímetros.
Pelo menos dois dos oito assentamentos de Corumbá estão isolados por causa das péssimas condições das estradas municipais. No Taquaral e Tamarineiros, as vias estão interditáveis, por não serem pavimentadas, o que impossibilita o tráfego dos assentados da zona rural à cidade.
Do começo de janeiro até hoje, choveu 172 milímetros em Corumbá, segundo informações do gerente de ações da Defesa Civil, o tenente do Corpo de Bombeiros, Isaque do Nascimento. Nos 31 dias de janeiro do ano passado, foram 116 milímetros.
Máquinas da secretaria de Infra-Estrutura da Prefeitura de Corumbá estão nos dois assentamentos, de acordo com o tenente, para desobstruir as vias de acesso nos assentamentos.
A Defesa Civil não soube precisar quantas famílias estão assentadas no Taquaral e Tamarineiros.
Prejuízo nos bairros - Ainda de acordo como gerente de ações da Defesa Civil, pelo menos quatro bairros foram diretamente afetados com alagamentos criados pela chuva. São os bairros Nossa Senhora de Fátima, Centro América, Aeroporto e Guanandi. No primeiro, 15 famílias tiveram suas casas invadidas pela água.
Para o tenente do Corpo de Bombeiros, o principal motivo para os alagamentos é que algumas obras de galerias para escoamento de águas pluviais estão inacabadas. E para conter o fluxo das chuvas, equipes da Defesa Civil fizeram cortes em sete vias, consideradas críticas, para direcionar a água acumulada.
Áreas de risco - A Defesa Civil corumbaense também mapeia as áreas de risco no município. Algumas das famílias, que moram nas encostas das estradas, já foram listadas e, inclusive, outras chegaram a ser notificadas pelo alto risco.
O tenente Isaque do Nascimento relata que uma das famílias, que residia no bairro Havaí, foi removida nesta semana para a parte alta da cidade, onde fica o Projeto Casa Nova, que concentra 800 casas populares. O conjunto tem pelo menos 100 famílias, que já foram transferidas por morarem em áreas de risco.
Ainda conforme o gerente da Defesa, 32 famílias do bairro Havaí precisam ser removidas, além de 129 do bairro Cervejaria, 95 do bairro Generoso e 48 do bairro Vulcano. A previsão é que a remoção, que será efetuada em três fases, levando em conta áreas prioritárias, esteja completa no segundo semestre deste ano.