Com 6 casos confirmados e suspeitas, secretaria admite surto de raiva
Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, passa por surto epidêmico de raiva, com seis casos confirmados nesse ano, cinco em cães e um em bovino. Além desses, há mais três animais com sintomas da doença e a vigilância aguarda a confirmação do exame laboratorial.
Segundo a gerente de Vigilância em Saúde de Corumbá, Viviane Ametlla, trata-se de um surto porque os casos foram registrados em áreas diferentes e abrangentes da cidade. Viviane informou ao jornal Diário Corumbaense, que a raiva foi detectada em cães encontrados nos bairros Aeroporto, Cristo Redentor, Universitário, Guanã II e em um bovino, no assentamento Tamarineiro II. O mais preocupante é que no último caso foi confirmado em um cão de apenas três meses.
“O caso de raiva bovina foi comunicado no mês de março e já realizamos todas as ações de saúde no local. Fizemos a busca ativa das pessoas que tiveram contato com esse animal. São seis pessoas recebendo profilaxia. Também já realizamos a vacinação de cães e gatos daquela localidade”, contou.
Cerca de 8 mil animais já receberam a dose de imunização contra a raiva e a vigilância está em alerta, recolhendo animais de rua, já que são os que apresentam sintomas, segundo a veterinária e chefe do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Corumbá, Walquíria Arruda da Silva. “A carrocinha continua com o recolhimento dos animais que estão em situação de rua. Há uma polêmica em relação a essa atitude, mas estamos agindo de acordo com a situação e respaldados pelo Ministério da Saúde. Quando temos casos de raiva, há várias ações que o Ministério cobra e uma das ações é esta”, defendeu.
De acordo com Walquíria Silva, os proprietários que ainda não vacinaram seus animais devem levá-los ao CCZ, que fica na Rua João Couto, sem número, no Bairro Guanã. O atendimento é de segunda a sexta-feira, em horário comercial. Aos sábados e domingos, há um plantão que atende o dia todo, das 7h às 17h. O telefone de contato do CCZ é o (67) 3233-2783.
Fronteira – Embora, não tenha ocorrido caso de raiva animal, na Bolívia, no último mês, o Comitê de Fronteiras será reativado e os técnicos de Corumbá já se reuniram com os do país vizinho, conforme Walquíria.
A Bolívia não possui equipamentos para detecção e os casos de suspeita de raiva de lá são encaminhados para o CCZ de Corumbá. “Na semana passada fomos à Bolívia, pois temos um acordo em relação à raiva. Conversamos com o pessoal da saúde de lá, repassando os casos que temos aqui e estamos planejando ações em comum acordo”, disse.