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Interior

Com apoio do grupo de elite, PF começa a investigar morte em conflito

Paulo Yafusso | 18/06/2016 09:12
Vinte policiais da Força Nacional de Segurança já estão no local do conflito em Caarapó (Foto: Helio de Freitas)
Vinte policiais da Força Nacional de Segurança já estão no local do conflito em Caarapó (Foto: Helio de Freitas)
Equipe do COT, da Polícia Federal, chegou na sexta-feira em Dourados (Foto: Divulgação)
Equipe do COT, da Polícia Federal, chegou na sexta-feira em Dourados (Foto: Divulgação)

Sob a proteção dos 15 integrantes do COT (Comando de Operações Táticas), o grupo de elite da Polícia Federal, equipe composta por um delegado, agentes e peritos da PF iniciaram na manhã deste sábado (18) as investigações na área do confronto entre índios e seguranças dos fazendeiros, em Caarapó, a 283 km de Campo Grande.

A previsão é de que o trabalho prossiga até a tarde de domingo. Segundo a PF, serão colhidos depoimentos de índios e fazendeiros e feito levantamento no local do confronto, na tentativa de localizar capsulas de projeteis e manchas de sangue ou outros dados que indiquem a ocorrência de algum crime.

As investigações no local só foram iniciadas nesta semana em virtude da tensão na região, conforme informou o delegado chefe da PF em Dourados, Fernando Campos. Por isso, foi solicitado o apoio do COT, de Brasília, e os 15 policiais do grupo chegaram ontem a tarde.

A Polícia Federal tem reafirmado que no IP (Inquérito Policial) foi aberto para apurar todos os crimes que tenham ocorrido no local, independentemente se eles foram praticados por índios, fazendeiros ou seguranças. Há denúncias dos dois lados do conflito, e até mesmo de agressões a policiais militares que davam segurança aos bombeiros que foram socorrer os feridos no confronto. Os policiais tiveram as armas furtadas, mas já foram devolvidas.

O conflito começou no último domingo, quando índios guarani kaiowá da aldeia Tey'kue invadiram a fazenda Yvu. A área está inserida no território já demarcado e que os índios denominam de Tekoha Tey'i Juçu.
O clima de tensão atingiu o ápice na terça-feira (14), quando houve confronto e o agente de saúde indígena Clodioude Aquile Rodrigues dos Santos, de 26 anos, morreu e outros seis indígenas ficaram feridos.

Por conta dessa situação, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) pediu ao Ministério da Justiça e Cidadania o envio de tropa da FNS (Força Nacional de Segurança) à região do conflito. Deverão ser enviados para o local 50 integrantes da Força, e 20 deles já estão em Caarapó.

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