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Interior

PF diz que abriu inquérito para apurar conflito que feriu indígenas

Nyelder Rodrigues | 16/06/2016 21:51
Policiais da Força Nacional que foram designados para o Caarapó acompanharam o enterro do índio morto no conflito, Clodioudo Aguile Rodrigues dos Santos (Foto: Helio de Freitas)
Policiais da Força Nacional que foram designados para o Caarapó acompanharam o enterro do índio morto no conflito, Clodioudo Aguile Rodrigues dos Santos (Foto: Helio de Freitas)

Em nota enviada nesta noite à imprensa, a PF (Polícia Federal) afirma que abriu inquérito para investigar o conflito ocorrido terça-feira (14) na fazenda Ivy, em Caarapó - município localizado a 283 km de Campo Grande -, e que deixou um indígena morto e cinco feridos.

A área em que ocorreu o crime foi ocupada na noite de domingo (12) pelos índios da aldeia Te' Ýikue, que teve sua área de demarcação ampliada por decretos dias antes de Dilma Rousseff (PT) ser afastada da presidência da República, o que fez com que os índios da região se antecipassem ao fim do processo e ocupassem o local.

Além dos indígenas baleados, quatro policiais militares que foram ao local prestar apoio à equipe do Corpo de Bombeiros que socorreu os feridos, foram feitos reféns por um grupo de índios, sendo agredido por cerca de três horas. Eles foram liberados posteriormente a negociação realizada.

Segundo a nota da PF, a apuração será feita pela sede de Dourados - município vizinho à Caarapó - e vai tratar do conflito desde seu início, com a ocupação feita pelos guarani-kaiowá. Também serão investigados roubos e danos ao patrimônio ocorrido na área desde domingo.

"A atuação da Polícia Federal foi imediata, com o envio de efetivo policial na realização de diligências no local dos fatos, bem como nas tratativas para liberação das pessoas mantidas como reféns e recuperação de armamentos pertencentes a Polícia Militar que foram subtraídos durante o conflito", frisa a nota.

Porém, ainda na segunda-feira (13), os índios que estavam no local reclamaram da falta de proteção policial, pois afirmam terem sido ameaçados por produtores da região e que, mesmo acionando a PF, foi repassado apenas que não havia efetivo para ficar na área. A reação da PF, divulgando a abertura de inquérito, ocorre depois de críticas de deputados federais.

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