Com cinco casos em humanos, Dourados intensifica ações contra leishmaniose
Após mais uma pessoa apresentar sintomas de leishmaniose na cidade, que já tem cinco casos confirmados no ano, a Secretaria de Saúde de Dourados iniciou nesta terça-feira um mutirão de combate à doença. O trabalho feito pelo Departamento de Vigilância em Saúde está concentrado na região do Jardim dos Estados, onde mora a pessoa com suspeita da doença.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a notificação do caso de leishmaniose visceral humana exige medidas preventivas na região em que reside a pessoa infectada.
Agentes de endemias orientam os moradores sobre como evitar a proliferação do flebotomínio, o mosquito transmissor da doença, aplicam inseticidas e fazem a chamada busca ativa de cães com suspeita da doença. Além do Jardim dos Estados, o mutirão chega à Chácara dos Caiuás e Jardim Piratininga.
Armadilhas para levantamento e captura de insetos estão sendo instaladas nesses bairros, para verificar a presença de transmissores da doença. Também será feita a coleta de sangue dos animais com suspeita de leishmaniose. em caso positivo, o animal é submetido à eutanásia.
Fernando Bastos, diretor do Departamento de Vigilância em Saúde, informou que nos imóveis onde é verificado que falta cuidado com a limpeza e higiene o proprietário é notificado com base em uma lei municipal e em caso de reincidência eles são multados.
Segundo ele, o bloqueio químico feito pelos agentes de endemias mata apenas o mosquito adulto, mas o controle da leishmaniose só é possível com eliminação dos criadouros do inseto. O flebotomínio se desenvolve em locais úmidos, sombreados e com muita matéria orgânica, como folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo.
A doença – A leishmaniose provoca febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outros sintomas graves. Pessoas que moram em áreas onde ocorrem casos da doença devem procurar o serviço de saúde se apresentarem alguns desses sintomas. O diagnóstico e o tratamento precoce evitam o agravamento da doença, que pode provocar a morte.
A transmissão ocorre quando fêmeas do flebotomíneo infectadas picam cães ou outros animais doentes e depois pica o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi.