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Interior

Comerciantes farão protesto contra retorno de vereadores da “farra das diárias"

Caroline Maldonado | 12/12/2014 13:09
Operação Viajantes foi deflagrada pelo Gaeco (Foto: Rio Pardo News)
Operação Viajantes foi deflagrada pelo Gaeco (Foto: Rio Pardo News)

Comerciantes e moradores planejam manifestação contra o retorno de vereadores afastados por envolvimento em fraudes, determinado pela justiça nesta semana, em Ribas do Rio Pardo, a 103 quilômetros de Campo Grande.

Segundo os organizadores da mobilização, marcada para terça-feira (16), as 8h30 em frente a Câmara Municipal, todo o comércio do centro da cidade permanecerá fechado durante a manhã. A intenção é reunir três mil pessoas para demonstrar a indignação em relação a decisão da justiça para que retornem a atividade os oito vereadores envolvidos no esquema que ficou conhecido como “farra das diárias”.

De acordo com um dos organizadores da manifestação, o comerciante Antônio Jaisson, os comerciantes do centro da cidade confirmaram a participação no ato e se sentem revoltados com a situação. “Ribas vai parar! Esse é nosso objetivo”, diz.

A decisão judicial, que devolve os cargos aos vereadores, considera o afastamento inconstitucional. Uma liminar por meio de ação civil pública determinou que os vereadores fossem afastados logo após a operação de revelou o esquema criminoso. Os advogados André Borges e Rodrigo Dalpiaz entraram com um agravo de instrumento e na quarta-feira (10) o desembargador Fernando Mauro Moreira Marinho decidiu que o afastamento não é adequado para a situação.

Foram afastados, o ex-presidente da Casa de Leis Adalberto Alexandre Domingues, o Betinho (PRTB), a vereadora Lucineide Friosi (PSC), o presidente da Câmara, Antonino Ângelo da Silva, vice-presidente, Célia Regina Ribeiro, Cláudio Roberto Siqueira Lins, Diony Erick Lima, Fabiano Duarte de Souza, Justino Machado Nogueira e Lucineide Friosi (PSC). Suplentes assumiram o cargo desde então.

“Farra das diárias” - Os oito vereadores foram afastados após deflagrada no começo do mês a Operação Viajantes, coordenada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). A investigação revelou que os vereadores tinham gastos exagerados com contratações de empresas terceirizadas de informática, publicidade, assessorias jurídicas, contábeis e fornecedores diversos, com realização de procedimentos licitatórios fraudulentos.

Os envolvidos são acusados ainda de aumentar os ganhos mensais com recursos que eram solicitados para viagens que não existiram. A Justiça suspendeu no dia 24 de novembro contratos da Câmara Municipal com 13 empresas e determinou o bloqueio de duas propriedade rurais e das contas do Legislativo.

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