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Interior

Câmara empossa vereadores e julga envolvidos na "farra das diárias" na sexta

Caroline Maldonado | 25/11/2014 16:21
População lotou o plenário da casa durante a sessão de posse (Foto: Rio Pardo News)
População lotou o plenário da casa durante a sessão de posse (Foto: Rio Pardo News)
Comissão Processante vai julgar se houve quebra de decoro parlamentar por parte dos 11 vereadores (Foto: Rio Pardo News)
Comissão Processante vai julgar se houve quebra de decoro parlamentar por parte dos 11 vereadores (Foto: Rio Pardo News)

Foram empossados na manhã de hoje (25) oitos suplentes em substituição aos vereadores afastados pela justiça, após deflagrada a Operação Viajantes, que investiga fraude em contratos de diárias de viagens que alcançam R$ 3,5 milhões, em Ribas do Rio Pardo, a 103 quilômetros de Campo Grande. Em seguida, foi eleito para presidente da Câmara o vereador Sebastião Roberto Collis, também conhecido como Robertão. A população lotou o plenário da casa durante a sessão de posse.

O pecuarista e ex-presidente do Sindicato Rural do município, Luiz Antônio Ribeiro é o vice-presidente no lugar o vereador afastado Ângelo da Silva, segundo o jornal Rio Pardo News. O vereador Adriano Nogueira, conheccido como “Adrianinho”, agora é o primeiro secretário no lugar do campeão de votos Diony Érick e o ex-vereador Sidney Fontebasse, assume a segunda secretaria. O mandato da mesa diretora vai até o dia 31 de dezembro deste ano.
Foram empossados também Adão da Mandioca, Roberto Cascão, Sidinei Cascão, professor Douglas e professora Sônia.

Após a eleição da mesa diretora, os vereadores empossados e os três que não foram afastados, Joaquim dos Santos, Roseli Codognato e Adão Coene, criaram a Comissão Processante que vai julgar se houve quebra de decoro parlamentar por parte dos 11 vereadores, não apenas dos oito afastados, conforme solicitou o Ministério Público. O julgamento está previso para a próxima sexta-feira (28), às 9h.

“Farra das diárias” - Os oito vereadores foram afastados após deflagrada no começo do mês a operação, coordenada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). A investigação do caso, que ficou conhecido como “farra das diárias”, revelou que os vereadores tinham gastos exagerados com contratações de empresas terceirizadas de informática, publicidade, assessorias jurídicas, contábeis e fornecedores diversos, com realização de procedimentos licitatórios fraudulentos.

Além disso, os envolvidos são acusados de aumentar os ganhos mensais com recursos que eram solicitados para viagens que não existiram. A Justiça suspendeu na segunda-feira (24) contratos da Câmara Municipal com 13 empresas e determinou o bloqueio de duas propriedade rurais e das contas do Legislativo.

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