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Interior

Cunhado e mais dois matam homem esfaqueado após briga por som alto

Dois dos suspeitos foram pegos pedindo carona para Campo Grande; cunhado foi dormir após o crime

Ana Paula Chuva | 11/12/2022 10:09
Faca usada no crime foi encontrada jogada no quintal da casa da vítima. (Foto: Divulgação | PCMS)
Faca usada no crime foi encontrada jogada no quintal da casa da vítima. (Foto: Divulgação | PCMS)

Um homem identificado como Manoel Nunes Ferreira, 73 anos, morreu na noite deste sábado (10), após ser esfaqueado por Anderson Faustino Rosa e Luiz Carlos de Barros a mando do cunhado Assis Morel. Os três foram presos na madrugada deste domingo (11). O caso aconteceu na Rua São João, em Rio Negro, cidade a 153 quilômetros de Campo Grande.

Conforme o boletim de ocorrência, equipe da PM (Polícia Militar) foi acionada por volta das 20h30 de sábado pela esposa da vítima. No local, Manoel estava sentado em um sofá na varanda da casa já morto. Polícia Civil e Perícia foram acionadas.

Aos policiais, a mulher contou que estava dormindo e o marido ficou sentado na varanda. Em certo momento, ela escutou um barulho e foi ver o que tinha acontecido. Quando chegou, encontrou Manoel já ferido. Ela então foi até a edícula nos fundos da casa e pediu ajuda a seu irmão que foi até o hospital, mas o homem morreu antes do socorro chegar.

Equipe da PM realizou buscas após o cunhado da vítima, identificado como Assis Morel, relatar que horas antes do crime Manoel foi reclamar do barulho do som na casa que fica nos fundos da residência, onde ele e mais dois homens ingeriam bebidas alcoólicas e suspeita que eles seriam o autor das facadas.

Os policiais foram informados de que dois homens estavam pedindo carona na saída da cidade que foram levados para a delegacia. Anderson se apresentou usando o nome do irmão e disse que a roupa suja de sangue estava na casa de sua tia. Ele foi preso em flagrante pelo crime junto com Luiz e Assis.

Equipe da Perícia na edícula onde Assis mora. (Foto: Divulgação | PCMS)
Equipe da Perícia na edícula onde Assis mora. (Foto: Divulgação | PCMS)

Em depoimento, Anderson relatou que conheceu a vítima na casa de Assis há cerca de três semanas e que nunca teve qualquer desavença com Manoel. Que no sábado estavam confraternizando e o homem foi duas vezes na casa do cunhado pedir para que abaixassem o som.

Na segunda vez, Assis teria se levantado e dito que resolveria o problema do cunhado. Com isso, pegou uma faca embaixo do colchão e perguntou se os dois amigos teriam coragem de matar Manoel. Ambos responderam que sim. Anderson então pegou a faca e atingiu a vítima no abdome.

Manoel saiu correndo e foi atingido novamente só que na mão direta. Luiz Carlos tomou a mãe de Anderson  e foi em direção da vítima que já estava perto do sofá caído. Ele deu mais duas facadas e os dois fugiram em seguida. A versão foi confirmada pelo amigo, também preso na rodovia.

O caso foi registrado na Delegacia de Rio Negro como homicídio qualificado por motivo fútil e homicídio doloso. Em consulta, ainda ficou constatado que Anderson tinha um mandado de prisão em aberto expedido pela 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande. Em 2014 ele foi condenado a 14 anos e seis meses de prisão por matar Ribamar Cavalcante de Lima com golpes de foice.

Segundo apurado pela Polícia Civil, Assis já tinha desavenças com o cunhado e em 2020 foi investigado por esfaquear uma outra pessoa junto com Luiz.

Latas de cerveja em tambor no quintal da casa de Assis. (Foto: Divulgação | PCMS)
Latas de cerveja em tambor no quintal da casa de Assis. (Foto: Divulgação | PCMS)


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