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Interior

Defesa alega que suposto mandante é depressivo e toma remédio controlado

Jorge Almoas | 08/02/2011 18:05
Valdemir (de muletas) é apontado como mandante do crime que executou o vereador Carlos Antônio Carneiro em outubro de 2010 (Foto: João Garrigó)
Valdemir (de muletas) é apontado como mandante do crime que executou o vereador Carlos Antônio Carneiro em outubro de 2010 (Foto: João Garrigó)

A defesa de Valdemir Vansan, apontado como o responsável por contratar o pistoleiro para matar o vereador Carlos Antônio Carneiro, solicitou o depoimento de um médico psiquiatra na audiência realizada nesta terça-feira no Fórum de Campo Grande. O profissional de saúde relatou que Valdemir tem depressão, com tendência ao suicídio, e faz uso de remédio controlado.

O médico psiquiatra José Alaíde dos Santos Lopes tratou de Valdemir na rede pública de saúde e emitiu diversos laudos, atestando que o motorista sofre de depressão, com tendência ao suicídio.

Por conta deste diagnóstico, Valdemir estava, na época do crime, tentando se aposentar. “A última vez que o atendi foi em julho de 2010, depois encaminhei para outro médico”, contou José Alaíde, limitando-se a não ultrapassar a barreira ética de sua profissão.

O promotor do Ministério Público Estadual, Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, questionou a dosagem do medicamento receitado para Valdemir. O psiquiatra informou que o principal remédio era Fluoxetina 20 mg, dosagem mínima, utilizada em tratamento de ansiedade e para emagrecer.

Além da Fluoxetina, Valdemir tomava outros medicamentos controlados. O motorista, juntamente com Irineu Maciel – que atirou três vezes contra o vereador – serão interrogados no dia 1° de março. Duas testemunhas de defesa serão ouvidas no dia 22 de fevereiro em Ponta Porã.

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