Destruída por chuva recorde, cidade pode pedir ajuda do Governo Federal
Destruída por chuva recorde de 210 milímetros em apenas quatro dias, Nova Andradina, a 300 quilômetros de Campo Grande, pode decretar situação de emergência. O titular da Semusp (Secretaria Municipal de Serviços Públicos), Umberto Canesque, está percorrendo a cidade para contabilizar os prejuízos causados pelo temporal dos últimos dias.
Conforme o secretário, houve erosões em várias partes da cidade, prejudicando as ruas não pavimentadas. O asfalto e toda tubulação do anel viário na rodovia, entre a MS-134 e MS-276, foram levados pela força da água. A obra no local, que ainda não havia sido totalmente finalizada, é de responsabilidade do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Na região do pesqueiro, os moradores estão ilhados, carros foram cobertos pela água da chuva e em outra parte da cidade famílias foram desabrigadas. “O prefeito colocou várias secretarias em alerta para atender a população e pelo menos tentar minimizar os transtornos causados pela chuva”, pontua o Umberto.
Conforme o secretário, equipes estão nas ruas filmando e tirando fotos. O prefeito da cidade, Roberto Hashioka Soler (PMDB), vai decidir até o final da tarde o que pode ser feito junto ao Governo Estadual e Federal. “O prejuízo é grande, mas ainda não temos o valor que precisamos para reparar os estragos causados pela chuva”, lamenta. A chuva deve continuar nesta segunda-feira na cidade, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Estragos - Ontem, um veículo Fiat Uno, que estava quebrado na estrada que dá acesso ao Pesqueiro Campestre, foi arrastado pela enxurrada e caiu em um buraco.
Os moradores da Rua Antônio Duarte, no Bairro Horto Florestal, tiveram que deixar as casas por causa de um cratera que tomou conta de parte da via. Alguns moradores do Bairro Centro Educacional estão com dificuldades de fazer ligação.
Uma luminária caiu no prolongamento da Avenida Antônio Joaquim de Moura Andrade, onde há um aterro e galeria de água pluvial, que passa por debaixo da pista. No local, a terra do aterro cedeu com a enxurrada e foi parar nas ruas da Cohab III.
Os moradores que residem próximo a um ferro velho estão revoltados. Eles reclamam que foi aberto um buraco no muro do estabelecimento para fazer saída de água, com isso restos de graxa, pedaços de ferros vão parar nas ruas do bairro e das residências, causando transtorno.
A chuva forte ainda atingiu várias regiões de Nova Andradina, de acordo com o Jornal da Nova. O Corpo de Bombeiros alerta para o motorista tomar cuidado ao transitar nas vias que estão lisas por causa do barro e com vários buracos.
Ao lado do município, a Lagoa do Sapo, em Batayporã, transbordou e as casas da região foram alagadas.
Chuvas - As chuvas também não deram trégua no fim de semana nos municípios de Ivinhema e Angélica, a 270 quilômetros de Campo Grande. Ruas ficaram alagadas, surgiram novos buracos no asfalto e até postes de iluminação tombaram.
Na Avenida Firmino Alves de Souza, ao lado da delegacia de Polícia Civil de Ivinhema, a enxurrada causou estragos, segundo o jornal Ivi Notícias. Na Avenida Brasil, no bairro Vitória, postes permaneceram tombados até a manhã de domingo (15).
Esses foram os mesmos postes que tombaram após a chuva forte da última semana. Segundo o jornal Ivi Notícias, na manhã de domingo, uma equipe da Enersul esteve no local para resolver o problema. No Bairro Triguinã, um morador registrou o momento em que um veículo ficou atolado em uma das vias que segue para o bairro Água Azul. Em Angélica, um morador também fez fotos da enxurradas e se queixou da situação.