Dor e lamento: familiares e colegas choram morte de radialista na fronteira
Humberto Coronel foi executado por pistoleiros ao deixar estúdio de rádio em Pedro Juan Caballero
Familiares, amigos e colegas de profissão do radialista e jornalista paraguaio Humberto Coronel, 33, choram a morte do profissional, executado no início da tarde desta terça-feira (6) em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (MS), a 313 km de Campo Grande.
Alvo de ameaças de morte há poucos dias por causa de denúncias divulgadas em seu programa jornalístico, Humberto foi morto na calçada da emissora, quando abria a porta do carro para ir almoçar. A rádio Amambay AM pertence à família do prefeito José Carlos Acevedo Quevedo, também executado por pistoleiros, em maio deste ano.
Colegas de profissão de Humberto Coronel que foram ao local para fazer a cobertura da execução não esconderam a emoção ao registrar o desespero e a dor de parentes do jornalista (vídeo acima).
Em junho deste ano, Humberto e o também radialista Gustavo Manuel Baéz Sánchez, 28, denunciaram à polícia paraguaia que estavam sendo vítimas de ameaças.
O recado, escrito em papel deixado na porta da rádio, dizia que os dois sabiam demais e seriam eliminados. A Polícia Nacional ainda não tem pistas dos pistoleiros que estariam de moto.