Douradenses começam a chegar ao centro para protesto contra governo
Manifestação liderada pela Associação Comercial quer superar público de seis mil pessoas do dia 15 de março
Carregando bandeiras e faixas, centenas de moradores começam a chegar ao centro de Dourados, a 233 km de Campo Grande, para mais um protesto contra a presidente Dilma Rousseff. Liderada pela Associação Comercial Empresarial da cidade, a manifestação tem como ponto de concentração a Praça Antonio João.
A exemplo do protesto realizado no dia 15 de março, muitas pessoas carregam faixas e cartazes contra o Partido dos Trabalhadores e pedindo “Fora Dilma”, apesar de o presidente da Aced, Antonio Nogueira, rechaçar o pedido de impeachment da presidente da República.
Os organizadores têm como meta superar o público do primeiro protesto, quando pelo menos seis mil pessoas foram para centro, segundo a Polícia Militar. Uma novidade na mobilização de hoje é que foi instalado um sistema de som na praça para discursos.
A segurança é feita por dezenas de policiais militares que estão espalhados por vários pontos da praça. No dia 15 de março o único incidente ocorreu quando dois estudantes universitários tentaram passar entre o protesto com um cartaz pedindo “menos elite e mais povo”.
O casal de namorados usava camisetas vermelhas e foi hostilizado pelos manifestantes. Para não serem agredidos, eles tiveram de se refugiar no prédio de um jornal da cidade escoltados por policiais e só saíram do local em uma viatura da Polícia Militar.
Durante a semana, Antonio Nogueira cobrou a presença de políticos no protesto deste domingo. “Entendemos que não há como dissociar uma coisa da outra. Toda a população brasileira precisa estar envolvida, incluindo a classe política”, afirmou. Segundo ele, o movimento é apartidário: “Nossa luta não é contra um partido, mas pela moralização do nosso país. É uma luta de todos os brasileiros”.
A Associação Comercial de Dourados afirma que o ato deste domingo será contra a corrupção, a alta dos impostos e as recentes medidas adotadas pelo governo federal. Apoiam a manifestação o Senac, Conped (Conselho de Pastores), Sinpetro (sindicato das empresas revendedoras de petróleo), Sindicato Rural, Sindicato dos Farmacêuticos, Sindicom (Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista), Acomac (associação das lojas de materiais de construção), CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e a Maçonaria.