Dupla paulista diz que levaria pacotes com US$ 2,4 milhões a desconhecido
Os dois presos na noite de sábado (9) com US$ 2,421 milhões, em Corumbá, moram em Guarulhos, na Grande São Paulo, e foram contratados para levar a quantia até a rodoviária da cidade sul-mato-grossense, onde a entregariam a um desconhecido, que os reconheceriam pelas roupas que estavam usando.
Eles foram identificados como Alexandro Benevides, 42 anos, e Eliete Benevides, 45 anos. Alegam que não sabiam estar transportando dólares – o dinheiro estava em embrulhos simulando presentes – e receberiam R$ 4 mil pelo trabalho de 'mula'.
Pela última cotação da semana passada, o montante transportado pelo casal equivale a R$ 7,96 milhões.
O flagrante foi feito por equipes do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e da PRF (Polícia Rodoviária Federal), durante a operação “Corumbá Segura II”, deflagrada pelo GGIFRON (Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira).
Segundo o DOF, o casal informou que uma mulher os contratou para fazer a viagem. O ônibus em que eles estavam, da viação Andorinha, saiu da cidade paulista e foi parado pela polícia no último ponto de fiscalização antes de chegar na rodoviária de Corumbá.
Os maços de dólares, camuflados como presentes, foram encontrados sob os bancos do casal e no bagageiro do veículo. Eles informaram à polícia que não sabia o que estavam transportando, dizendo apenas que esperariam na rodoviária de Corumbá até que um desconhecido os reconhecessem pelas roupas e pagasse o combinado pelo transporte.
Os dois foram presos por evasão de divisa, que é quando quantias em dinheiro vivo, acima de R$ 10 mil, são transportadas sem declaração.
A operação “Corumbá Segura II”, que teve início na manhã deste sábado e termina hoje, é integrada por efetivos da Polícia Militar, DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Polícia Civil, PRF (Polícia Rodoviária Federal), Polícia Federal, PMRv (Polícia Militar Rodoviária), Guarda Municipal, Agetrat (Agência Municipal de Trânsito), Marinha, além de outros órgãos de segurança e de fiscalização. O objetivo é garantir patrulhamento das entradas e saídas da cidade para a repressão a crimes transfronteiriços.