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Interior

Dupla que usou criança como escudo é condenada por tentativa de homicídio

Geovane e Rogério passaram pelo banco dos reús no fim da tarde desta terça-feira (5)

Gustavo Bonotto e Helio de Freitas, de Dourados | 05/09/2023 23:44
Geovane e Rogério quando foram capturados pelo SIG. (Foto: Adilson Domingos/Arquivo)
Geovane e Rogério quando foram capturados pelo SIG. (Foto: Adilson Domingos/Arquivo)

A dupla envolvida em três execuções na cidade de Dourados, situada a 251 quilômetros da Capital, foi condenada pela tentativa de assassinato de Cícero Matias da Silva Júnior no fim da tarde desta terça-feira (5).

Geovane Mendes da Fonseca, 29, o "Chocolate", teve a pena de 16 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado decretada. Já Rogério Aparecido de Jesus Júnior, 27, o "Careca", teve a dosimetria definida em 14 anos e 10 meses, também em regime fechado.

De acordo com os autos, o Conselho de Sentença condenou a dupla pelos crimes de homicídio simples, resistência e posse de arma de fogo com número de série raspado ou suprimido. A defesa tentou pugnar pelo afastamento das qualificadoras alegando a negativa de autoria dos crimes apresentados.

Com a qualificação de tentativa de homicídio tentado, o juiz da 3ª Vara Criminal de Dourados, Ricardo da Mata Reis, arbitrou a indenização de R$ 10 mil para a vítima.

Os acusados responderam presos à ação penal e não houve alteração das circunstâncias que determinaram suas prisões cautelares.

Relembre - Careca e Chocolate foram presos em abril de 2020 após tentarem matar Cícero Matias da Silva Júnior, o “Pantera”, 24, a mando da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Pelo menos outros três alvos estavam na mira da dupla e também seriam eliminados.

Á época, o Campo Grande News apurou que a facção criminosa deu a ordem a Rogério e Cícero para vingar as mortes de três de seus integrantes em 72 horas.

Após atirarem em “Pantera”, que foi atingido por três disparos e está hospitalizado, os dois se refugiaram na casa da tia de Geovane, no Jardim Itália, onde foram presos pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil.

Quando os policiais cercaram a casa, Geovane chegou a usar a prima, de 9 anos de idade, como escudo. Na delegacia, a mãe da menina contou o drama enfrentado pela filha, colocada na mira de uma pistola pelo próprio primo.

Segundo fontes policiais, a facção originada nos presídios de São Paulo, mas que atualmente atua no país inteiro e também nos vizinhos Paraguai e Bolívia, está em guerra com a chamada “oposição”, formada por inimigos da quadrilha.

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