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Interior

Em campanha contra chikungunya, moradores recusam vistorias de agentes

Renata Volpe Haddad | 28/07/2015 16:32
91,66% dos focos de infestação de dengue estão em casas habitadas. (Foto: Kleverton Velasques/Divulgação)
91,66% dos focos de infestação de dengue estão em casas habitadas. (Foto: Kleverton Velasques/Divulgação)

Moradores de Corumbá, distante 419 km de Campo Grande, estão recusando vistorias de agentes comunitários, prejudicando o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya. As ações foram intensificadas no município, após a confirmação do comerciante boliviano estar com a doença.

A Prefeitura de Corumbá revelou que 91,66% dos focos de infestação do mosquito, estão nas casas habitadas na área urbana da cidade. Ou seja, menos de 20% estão em imóveis fechados ou terrenos baldios. Os focos estão em depósitos de armazenamento de água, nos vasos, pratos de plantas, além de bebedouros de animais. Os números são alarmantes e causa preocupação.

De acordo com a assessora Executiva da Secretaria de Saúde do município, Célia Maria Flores, muitas pessoas não deixam a equipe fazer o controle nas casas, e cada vez mais, o número de recusas tem aumentado. "Só que essas pessoas assinam um termo de ciência dizendo que recusaram a averiguação dos agentes. Precisamos também fazer um trabalho de conscientização", comenta.

Ação emergencial próximo a casa do comerciante e em bairros vizinhos está sendo realizada desde a confirmação do caso, no dia 22 de julho.

Caso – Em Corumbá, o homem de 37 anos foi detectado como caso suspeito da doença no dia 13 de junho, quando procurou assistência médica na rede pública de saúde. A coleta do material para exame foi realizada dois dias depois e o resultado positivo foi confirmado no boletim epidemiológico divulgado no dia 22 de julho.

O comerciante é boliviano, mas reside na Cidade Branca, e quando começou a sentir as dores, afirmou que tinha recém chegado do país vizinho. A esposa estava com o mesmo sintoma, mas já foi medicada e amostras de sangue foram encaminhadas para o laboratório que faz a análise, no Pará. Foram confirmados 1.044 casos de febre chikungunya em Santa Cruz de La Sierra, e são mais de seis mil casos suspeitos.

Segundo Célia, o comerciante está bem, já retornou ao trabalho e não apresenta mais inchaço. O resultado do exame da esposa deve sair nos próximos dias.

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