Empresário que estuprava sobrinha é investigado por outros crimes sexuais
Polícia investiga redes sociais de douradense preso ontem; maioria dos contatos é de adolescentes
A Polícia Civil investiga outros crimes sexuais praticados pelo empresário de 48 anos de idade, preso ontem (31) acusado de estuprar a sobrinha, de 16 anos. O abuso teria começado quando a menina tinha 12 anos.
J.A.C. mora em Dourados, onde tem uma oficina de motos localizada na Avenida Hayel Bon Faker, no Jardim São Pedro, região central da cidade. Entretanto, os crimes sexuais contra a sobrinha ocorreram em Vicentina, onde a menina mora.
Na casa dele e na oficina de motos, os investigadores apreenderam computadores com conteúdo pornográfico, inclusive com pornografia infantil. A polícia também investiga as redes sociais de J.A.C. Em uma delas, a maioria das pessoas seguidas por ele é de meninas adolescentes.
O empresário deve passar ainda hoje por audiência de custódia e depois será encaminhado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Bruno Carlos dos Santos, o empresário nega ter estuprado, coagido e ameaçado a sobrinha, mas não soube explicar porque a menina e outros familiares fizeram tais acusações.
Abusada há quatro anos, a adolescente decidiu romper o silêncio recentemente e contou sobre caso para uma das tias. Além da empresa em Dourados, o homem mantinha uma oficina em Vicentina e tinha convencido a sobrinha a trabalhar no local.
Os crimes chegaram ao conhecimento da polícia. Sabendo que estava sendo investigado, J.A.C. fechou a oficina de Vicentina e ficou apenas com a empresa em Dourados.
Em depoimento à polícia, a menina contou que o tio tinha ciúmes dela, não deixava outros funcionários se aproximarem e tentou convencê-la a deixar os estudos para trabalhar com ele. Segundo a polícia, o empresário falava para a sobrinha que não tinha estudado e mesmo assim é bem de vida e que “estudo não leva a nada”.
J.A.C. confessou em depoimento à polícia que tinha ciúmes da menina, mas alegou ser apenas cuidado de tio com a sobrinha. O homem mora sozinho e tem uma filha, mas não mantém contato com ela.
O empresário foi preso no âmbito da Operação Castelo de Areia, deflagrada pela Delegacia de Vicentina e pela DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Fátima do Sul.
“Ele a perseguia nas folgas, queria controlar o comportamento dela, dizia que a amava e dizia que iria resolver a vida dela se ela ficasse com ele”, afirmou o delegado. O estupro ocorreu inclusive na oficina de motos em Vicentina.