“Era muito atrevido”, disse sobrinha sobre tio que ela matou e depois enterrou
Após narrar dinâmica do crime, Luciene Morale quis acrescentar “detalhes” sobre comportamento de vítima
“Muito atrevido”. Foi assim que Luciene Braga Morale, 48 anos, assassina confessa de Justino Morale, de 65 anos, definiu quem era o tio.
No interrogatório, anexado a processo, o delegado Antenor Batista da Silva Junior, de Sidrolândia, perguntou se a sobrinha gostaria de acrescentar algo à narrativa de como foi o assassinato e a suspeita disse que a vítima “gostava de passar a mão na bunda” dela e lhe “oferecia dinheiro para transar com ele”, embora estes não tenham motivado crime.
Segundo o depoimento de Luciene, no dia dos fatos, há cerca de um ano, ela, o então companheiro, Marcos Antônio dos Santos França, de 36 anos, o pai e o tio Justino bebiam na mesma casa onde o corpo foi encontrado. Em certo momento, a vítima teria discutido com o pai de Luciene e golpeado o irmão com uma faca na cabeça.
Ela saiu em defesa do pai. Marcos Antônio deu rasteira no tio e ela passou a bater na cabeça dele com um martelo. Justino não resistiu às marteladas e morreu no local.
Luciene fez o pai dormir e junto com o namorado abriu cova rasa nos fundos da residência, localizada na Rua Tomaz da Silva França, no Bairro São Bento, em Sidrolândia, para esconder o corpo.
O crime só foi descoberto porque a PM (Polícia Militar) recebeu denúncia anônima da existência da ossada naquele imóvel.
Luciene está presa e Marcos Antônio conseguiu liberdade provisória. Ele foi solto na noite de segunda-feira (2). Os dois respondem por homicídio simples e ocultação de cadáver.