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Economia

MS tem potencial para produzir 7 milhões de m³ de biometano por dia

Circuito Biogás destaca estado como líder potencial em energia renovável

Por Gabriela Couto | 01/04/2025 16:16
MS tem potencial para produzir 7 milhões de m³ de biometano por dia
Evento aconteceu na Casa da Indústria e atraiu muitos interessados no assunto (Foto: Fiems)

Campo Grande foi palco, nesta terça-feira (1º), da quarta edição do Circuito Biogás nos Estados, evento que visa impulsionar o desenvolvimento e uso de biogás e biometano no Brasil.

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Campo Grande sediou a quarta edição do Circuito Biogás nos Estados, promovido pela Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) e o Governo do Estado, através da Semadesc. O evento reuniu autoridades e especialistas para discutir o desenvolvimento do biogás e biometano no Brasil. O secretário Jaime Verruck destacou a política inovadora de Mato Grosso do Sul para incentivar a produção desses combustíveis, especialmente no setor agropecuário. Renata Isfer, presidente da ABiogás, ressaltou o potencial do estado, que pode produzir até 7 milhões de metros cúbicos de biometano por dia. O evento também abordou incentivos fiscais e a importância da colaboração público-privada para o crescimento do setor.

Realizado pela Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o evento reuniu autoridades, especialistas e representantes do setor industrial para debater as oportunidades e desafios relacionados à produção desses combustíveis renováveis.

O evento contou com a presença de importantes lideranças, como o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, e a presidente da ABiogás, Renata Isfer, além de outros representantes da indústria local e do setor público. A cerimônia de abertura foi marcada por debates sobre as perspectivas do biogás e biometano em Mato Grosso do Sul, e o impacto da política pública na geração de tecnologias sustentáveis.

Em sua fala, o secretário Jaime Verruck destacou a importância da política pública de Mato Grosso do Sul para o incentivo ao desenvolvimento de novas tecnologias voltadas para a produção de biogás e biometano.

“O Estado de Mato Grosso do Sul tem uma política inovadora, a DMS, que busca incentivar, por meio de políticas públicas, o desenvolvimento de novas tecnologias na produção de biogás. Nosso foco é especialmente a proteína animal e seus resíduos. Já temos várias plantas instaladas no Estado e o grande potencial de geração de biometano está no setor agropecuário”, afirmou Verruck.

Ele enfatizou que o biometano tem um grande papel na substituição de combustíveis fósseis, como o diesel, contribuindo para a descarbonização do setor de transportes. “O biometano pode ser integrado à rede de gás natural, melhorando sua performance e reduzindo a dependência de combustíveis poluentes”, completou.

Renata Isfer, presidente da ABiogás, reforçou a posição de Mato Grosso do Sul como um dos estados com maior potencial de produção de biogás e biometano no Brasil. “O Estado tem um grande potencial, com mais de 7 milhões de metros cúbicos de biometano por dia, enquanto a produção nacional atual é de apenas 840 mil metros cúbicos. O maior potencial vem do setor agropecuário, especialmente de resíduos de suinocultura e dejetos da bovinocultura, seguidos pelo setor agrícola e plantas de tratamento de esgoto”, explicou Isfer.

Ela também ressaltou a importância do apoio do setor público para o crescimento do setor privado. “A colaboração entre o setor público e privado é essencial para avançarmos nas políticas públicas e executarmos ações que favoreçam o crescimento da produção de biogás e biometano”, disse a presidente da ABiogás, destacando a boa relação entre a Semadesc e a associação.

Futuro - Mato Grosso do Sul já conta com três plantas de biogás em operação e uma quarta, com investimento de R$ 350 milhões, que está licenciada e em processo de construção.

O governo estadual também tem promovido programas como o “Leitão Vida” e o “MS Renovável”, que incentivam o uso de biodigestores nas granjas de suinocultura, viabilizando o aproveitamento de resíduos e a produção de energia. Atualmente, 43 granjas já geram energia suficiente para abastecer uma cidade de até 11 mil habitantes.

Durante o evento, duas mesas-redondas discutiram temas como incentivos fiscais, infraestrutura, logística e o papel do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO Verde) no desenvolvimento do setor. A segunda mesa abordou o biometano como uma alternativa estratégica para a transição energética e a descarbonização da economia.

O governo estadual tem se empenhado em fortalecer a matriz energética renovável, com o objetivo de alcançar a neutralidade de carbono até 2030.

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