Campo Grande registra volume de chuva 14 vezes maior que em março de 2024
Houve leve redução na temperatura em comparação com 2024, o que pode ter contribuído para o clima neste mês

Março de 2025 registrou aumento nas chuvas em Campo Grande, com total de 191,4 mm, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). O volume é muito superior ao mesmo período de 2024, quando a cidade teve apenas 13,6 mm – um dos menores índices da série histórica.
RESUMO
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Campo Grande registrou 191,4 mm de chuva em março de 2025, um aumento significativo em comparação aos 13,6 mm de 2024, segundo o Inmet. Apesar do aumento, o volume ainda é inferior a anos como 2009 e 2017. As chuvas intensas causaram transtornos em diversos bairros, com alagamentos e danos à infraestrutura. A prefeita Adriane Lopes anunciou um plano de recuperação para o inverno. O fenômeno El Niño pode ter influenciado a diferença nos índices de precipitação entre os anos. A situação destaca a imprevisibilidade climática e a necessidade de monitoramento contínuo.
Ainda assim, o acumulado deste ano segue abaixo de registros mais altos, como os de 2009 (267,8 mm) e 2017 (226,6 mm).
Mesmo com o aumento das precipitações, os efeitos das chuvas têm causado transtornos em diversos bairros. A prefeita Adriane Lopes (PP) anunciou plano de recuperação das áreas afetadas, que será executado apenas no inverno, após o período chuvoso.
O objetivo, segundo a gestão, é conter danos à infraestrutura urbana, que incluem alagamentos, buracos no asfalto e queda de árvores.
Vale ressaltar que os dados refletem apenas as medições realizadas em um ponto específico de Campo Grande, o que significa que os números podem não representar fielmente a variação de chuvas em toda a cidade. Mesmo assim, os registros ajudam a acompanhar tendências climáticas e mudanças na frequência e intensidade das precipitações.

Estragos na Capital - Nos últimos dias do mês, na Avenida Três Barras, a água invadiu a pista próximo a um mercado atacadista, enquanto bairros como Vila Nasser, Rita Vieira, Tiradentes e Chácara Cachoeira registraram pontos críticos de alagamento.
Na Vila Antônio Vendas, a chuva rompeu o asfalto da Rua Nelson Figueiredo Júnior, devido ao entupimento da tubulação de drenagem.
Outro ponto problemático está no bairro Coronel Antonino, onde um terreno recém-aterrado tem gerado acúmulo de lama na Rua do Rosário. A prefeitura também monitora a queda de árvores: na Avenida Nelly Martins, uma lucena de 20 metros tombou, atingindo a fiação elétrica e interditando parte da via.
A diferença entre os totais de chuva de 2024 e 2025 pode estar relacionada ao fenômeno El Niño, que impactou o regime de precipitação na região no ano passado. Apesar da retomada de padrões mais regulares, especialistas alertam para a imprevisibilidade do clima e a possibilidade de novas oscilações nos próximos anos.
Dados do Inmet também mostram que a temperatura média registrada na Capital em março de 2025 foi de 25,5ºC. Mesmo com queda em relação a março de 2024, quando a média mensal foi de 26,9ºC — a maior já registrada para o período —, o valor de 2025 ainda figura entre os mais altos da série histórica.
O levantamento foi realizado pelo Campo Grande News a partir dos dados de uma única estação meteorológica automática do Inmet em Campo Grande, que monitora as condições climáticas na capital sul-mato-grossense.
Embora 2025 tenha apresentado leve redução na temperatura média, o aquecimento em relação a anos anteriores ainda é evidente. A redução foi de apenas 1,4ºC na temperatura média em comparação com o mesmo mês de 2024.
Para comparação, apenas três outros anos registraram médias superiores a 25,5ºC em março: 2020 (26,5ºC), 2022 (26,4ºC) e 2024 (26,9ºC).
Vale ressaltar que a temperatura média mensal é calculada conforme a média das temperaturas registradas ao longo de todas as horas do dia. Isso significa que, além dos altos índices de calor frequentemente registrados durante o dia, também são levados em conta os menores índices, que geralmente ocorrem durante a noite e madrugada.