Ex-secretário investigado por agredir a mulher é solto com uso de tornozeleira
Ele não poderá voltar parta a casa onde vivia com a mulher, nem mesmo se aproximar dela
Preso desde o dia 7 de janeiro sob suspeita de agredir a mulher, o ex-secretário de saúde de Dourados, Renato Oliveira Garcez Vidigal, teve liberdade concedida pela Justiça nesta quinta-feira (10). Entre as exigência para a soltura, a juíza Paulinne Simões de Souza determinou que o médico use tornozeleira eletrônica.
Na decisão, a juíza considerou não existir o risco de Renato "tentar influenciar o depoimento da vítima ou das testemunhas'', por isso, entendeu que medidas cautelares seriam suficientes.
Além da tornozeleira eletrônica, o ex-secretário não poderá voltar parta a casa onde vivia com a mulher, nem mesmo se aproximar dela, com distância mínima fixada em 250 metros. Ele não poderá sair de casa depois das 20h, deverá informar endereço fixo e terá de se apresentar regularmente à Justiça.
Apesar do alvará de soltura, Renato ainda não saiu do presídio de Jardim, onde está detido desde o dia 13 de janeiro. Ele aguarda a instalação da tornozeleira.
Ontem (9), o Campo Grande News teve acesso a imagens de câmeras de segurança que mostram a movimentação no hotel onde o casal estava no dia em que o médico foi denunciado pela mulher. O vídeo foi usado pela defesa para contestar o depoimento da vítima.
Boletim de Ocorrência - Conforme o boletim de ocorrência, o fato ocorreu quando o casal estava na piscina do hotel e a mulher teria questionado o médico generalista sobre acidente ocorrido com o casal um dia antes. Irritado com a pergunta, ele apertou a perna da companheira e depois jogou bebida no rosto dela.
A mulher então foi para o quarto do hotel pegar o celular e foi seguida pelo homem. De acordo com o Dourados News, ele ainda fez ameaças até para o filho dela, de sete anos.
A Polícia Militar foi acionada e o ex-secretário acabou preso em flagrante por violência doméstica. A vítima disse que estava com medo e pediu medida protetiva.
Renato ficou à frente da Secretaria Municipal de Saúde entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018, durante a gestão Délia Razuk. Ele foi alvo da Operação Purificação, que investigou esquema de corrupção na pasta a qual comandava e chegou a ser preso pela Polícia Federal em novembro de 2019.
O ex-secretário foi condenado em março do ano passado a 11 anos de prisão e devolução aos cofres públicos de valores superiores a R$ 500 mil. Atualmente ele atua em um hospital particular em Corumbá.