Ex-vice-presidente do Paraguai é sequestrado por grupo terrorista
Óscar Denis Sánches e um funcionário foram abordado enquanto seguiam de camionete, próximo a fazenda do político
O ex-vice-presidente do Paraguai, Óscar Denis Sánches foi sequestrado na tarde desta quarta-feira (09) pelo grupo terrorista EPP (Exército do Povo Paraguaio), em sua fazenda no Paraguai. A propriedade de Óscar fica a cerca de 60 quilômetros de Yby Ya'u, cidade no Departamento de Concepción, em que na última semana, duas meninas de 11 anos, que seriam filhas de integrantes do grupo foram mortas em confronto com militares paraguaios.
Além de Óscar, um de seus funcionários também está desaparecido. Conforme apurado pela reportagem já havia uma suspeita entre as autoridades paraguaias de uma reação do EPP após o confronto da última semana. As suspeitas iniciais são de que o político foi levado por um outro grupo de guerrilheiros que pode ser composto por até 50 pessoas.
Óscar e o funcionário foram abordados enquanto seguiam de caminhonete pela região. O veículo foi encontrada por um empreiteiro que estava trabalhando no rancho de Denis, abandonado próximo a outra fazenda. Nele também estava um panfleto que teria sido deixado pelo grupo terrorista. A propriedade do ex-vice-presidente fica a cerca de 80 quilômetros da divisa entre o Paraguai e Bela Vista, cidade a 322 quilômetros de Campo Grande.
Óscar Denis Sánches foi vice-presidente de Federico Franco, indicado pelo congresso depois que o então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, foi cassado em 2012. A ocorrência pelo desaparecimento foi registrada na 7ª Delegacia de Polícia de Yby Yaú. Agentes da FTC (Força Tarefa Conjunta) da Polícia Paraguaia estão em busca do paradeiro de Franco e mais detalhes ainda não foram divulgados.
Confronto – Lilian Mariana Villalba, e María Carmen Villalba, seriam filhas de líderes do grupo terrorista cuja atuação se concentra no departamentos de San Pedro, Concepción e Amambay (vizinho de Mato Grosso do Sul).
Elas visitavam os familiares no acampamento quando os guerrilheiros foram cercados pelos militares da FTC (Força-Tarefa Conjunta), na última quinta-feira (2). Durante o confronto elas foram mortas com tiros de fuzil. Parentes de líderes do EPP afirmam que as meninas foram executadas pelos militares e depois vestidas com roupas camufladas, para justificar o ataque mortal contra duas crianças.