Família pede ajuda para transportar corpo de brasileira morta na fronteira
Familiares de Priscila Franco Silva, de 26 anos, ainda não conseguiram embarcar para a Bolívia na tentativa de reconhecer oficialmente o corpo dela e levá-lo para ser enterrado em Campinas, interior de São Paulo, onde morava com o marido e dois filhos. Os parentes não têm dinheiro para as despesas.
Ela foi encontrada morta na sexta-feira (8) em Puerto Quijarro, cidade boliviana que faz fronteira com Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande. Ela foi para Corumbá para comprar roupas na fronteira e vender em Campinas.
Desespero - Segundo a amiga de familiares Márcia Mendes, que acompanha os trâmites, a família ainda não conseguiu embarcar porque não tem condições financeiras de arcar com despesas do translado do corpo. "A família é muito pobre, muito mesmo, não tem de onde tirar dinheiro pra trazer o corpo. Estamos pedindo ajuda porque nosso medo é que ela seja enterrada como indigente", conta a amiga.
Ainda de acordo com Márcia, o marido de Priscila, Thiago Henrique Batista Ferreira, de 29 anos, está completamente desesperado. "Ele está em choque, apavorado, porque não consegue ir", completa.
Filhos - Priscila tinha dois filhos com Thiago. Segundo Márcia, as crianças já perceberam que algo está acontecendo, e pedem pela mãe o tempo todo. Por enquanto, as crianças estão sob os cuidados da avó e não sabem o que aconteceu com a mãe.
"Elas estão pedindo pela mãe o tempo todo, estão sentindo falta. Estamos esperando o melhor momento para contar. Se conseguíssemos trazer o corpo, seria mais fácil", afirma Márcia.
Último contato - Ivanil da Silva, marido de Márcia, conta que Priscila mantinha contato o tempo todo com o marido pelo aplicativo Whatsapp. No entanto, na quinta-feira à noite o celular ficou fora do ar e ela não respondeu mais às mensagens, o que preocupou o esposo, Thiago.
"Depois disso, ele e outros amigos começaram a buscar por notícias da cidade de Corumbá pela internet, até que saiu uma notícia de que um corpo tinha sido encontrado na sexta-feira de manhã", finaliza.
Ainda conforme Ivanil, Thiago foi até à polícia de Campinas para buscar mais informações e tentar alguma ajuda, mas foi comunicado de que a polícia local não pode fazer nada, mas, sim, que a família precisa viajar até à fronteira para conseguir resolver a questão.
Ajuda - Para quem deseja ajudar, foi disponibilizada conta para depósito:
Conta-corrente Bradesco
Agência 046-9 / Conta 370.237-5
Ivanil Augusto da Silva
Além disso, dois números de telefone também foram disponibilizados para quem deseja encontrar em contato para ajudar a família: Márcia Mendes: (19) 9 9531-0405 / Ivanil da Silva (19) 9 9423-7319.