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Interior

'Fantasmas' na Câmara Municipal de Iguatemi são investigados desde 2012

Nyelder Rodrigues | 09/02/2017 18:49
Equipes apreenderam documentos na Câmara de Iguatemi nesta quinta (Foto: Divulgação/Gaeco)
Equipes apreenderam documentos na Câmara de Iguatemi nesta quinta (Foto: Divulgação/Gaeco)

Alvo de cumprimento de mandado de busca e apreensão de documentos na manhã desta quinta-feira (9), a Câmara Municipal de Iguatemi - cidade localizada a 466 km de Campo Grande - é investigada desde 2012 pelo MPE (Ministério Público Estadual) por crimes de peculato e fraude na folha de pagamento da Casa.

Naquele ano, foi aberto inquérito civil pela promotoria de Justiça local para apurar irregularidades cometidas por funcionários "fantasmas" do legislativo municipal iguatemiense.

No fim do ano passado, o promotor Thiago Barbosa da Silva conseguiu, conforme a assessoria do MP, obter os elementos necessários que indicam provável existência de fraude. Além de apreensões, também houve quebra de sigilo telefônico. As pessoas que são alvo das ações investigatórias não tiveram os nomes revelados.

"Confirmadas as suspeitas, postulamos judicialmente a expedição de mandados de busca e apreensão e quebra de sigilo de dados telefônicos, ambos deferidos pelo juiz Guilherme Henrique Berto de Almada. A partir daí, solicitamos o apoio do Gaeco em diligências externas de acompanhamento da rotina da Câmara e dos servidores", explica o promotor.

Diante dos indícios obtidos e entrada do Gaeco no caso, foi deflagrado hoje a operação Ponto Certo, que está sob coordenação da chefe do grupo especial do MP, a promotora Cristiane Mourão. Além dela e do promotor local, 10 policiais militares também participação da ação. Nesta manhã, foram apreendidos documentos físicos e digitais.

As folhas de pagamento e de frequência estão sob análise. Devido ao grande volume, ainda não há prazo para que se tenha uma definição sobre a situação. Por ora, o MP apenas confirma que os indícios angariados são de existência de servidores comissionados que recebiam sem efetivamente prestar serviços.

"Os documentos instruirão Inquérito Civil e Procedimento Investigatório Criminal e serão submetidos à análise da Promotoria de Justiça de Iguatemi. A Presidência da Câmara e os vereadores colaboraram com as diligências", explica a assessoria do MP.

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