Federal retém veículos e investiga ocorrência que terminou com PM do Bope ferido
Militar do Bope precisou amputar a perna depois de ser atingido por tiro de fuzil
Três caminhonetes foram apreendidas e entregues para a Polícia Federal, depois da ação que terminou com o subtenente do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), Carlos Alberto dos Santos Aragaki, 45 anos, ferido com tiro de fuzil. O militar precisou amputar uma das pernas e está internado na Santa Casa de Campo Grande.
A ocorrência ocorreu na madrugada desta quarta-feira (16), na cidade de Antônio João, a 319 quilômetros de Campo Grande. Informações policiais são de que durante a Operação Hórus, de caráter permanente contra o tráfico de drogas, o Bope identificou grupo de traficantes que carregava maconha em carretas.
O grupo atuava com uma grande estrutura, sendo que três caminhonetes davam apoio para as carretas, duas Toyotas Hilux e uma Mtsubishi L200, todas com placas paraguaias. Após entrar na mata para abordar o grupo, os policiais foram recebidos a tiros, sendo que o subtenente foi alvejado nas duas pernas por tiro de fuzil. Ele foi socorrido pelos colegas e encaminhado ao hospital de Ponta Porã.
Naquele momento, foi solicitado apoio de outras equipes policiais para o local de confronto, onde foram encontradas as três caminhonetes abandonadas e duas carretas, Scania e Randon, com placas do Brasil. Os policiais também localizaram drogas, documentos pessoais e celulares dentro dos veículos.
Em uma das caminhonetes, os policiais encontraram documento em nome do paraguaio Walter Abel Marecos Lopez, 33, procurado pela Justiça do país vizinho por roubo. A Hilux registrada no Paraguai está em nome de uma empresa de Pedro Juan Caballero. Ainda durante varredura na região de mata, foi encontrado um carregador Glock com 30 munições intactas.
Investigação da PF - Como o caso envolve suspeita de tráfico internacional de drogas, a Polícia Federal junto com sua equipe de perícia estiveram no local de confronto. Os veículos e o carregador com munições também foram entregues à PF, que investigará o caso.
Foi montada força-tarefa em busca dos traficantes, mas até o momento, não há informações se alguém foi preso.
Perna amputada - O subtenente foi socorrido pelos colegas e levado ao hospital de Ponta Porã, onde precisou amputar parte de uma das pernas, abaixo do joelho. O médico optou pela amputação devido à gravidade da lesão e pela falta de um cirurgião vascular na unidade de saúde.
Pela gravidade do caso, o subtenente foi encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande em um avião do Corpo de Bombeiros. A última avaliação era de que os médicos solicitaram exames para decidirem qual conduta tomar. O paciente, segundo o hospital, está internado na enfermaria do Prontomed, ala particular da instituição.
