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Interior

Gangue que matou jovem por ciúme e vingança é condenada

Crime ocorreu em julho de 2019 e os três réus foram julgados ontem em Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 10/02/2021 09:34
Matheus (à esquerda), Ryan (centro) e Jhonatan no dia em que foram presos, em julho de 2019 (Foto: Adilson Domingos/Arquivo)
Matheus (à esquerda), Ryan (centro) e Jhonatan no dia em que foram presos, em julho de 2019 (Foto: Adilson Domingos/Arquivo)

Três homens que tramaram a morte de um rapaz de 20 anos por ciúmes e vingança foram condenados ontem (9) a penas somadas de 45,5 anos de prisão. O crime ocorreu no dia 28 de julho de 2019 em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Gustavo da Silva Pereira, 20, foi morto com três tiros ao ser atraído para uma emboscada no Jardim Canaã I, região leste da cidade. Os autores e a vítima se criaram juntos no bairro.

Na época, a investigação policial mostrou que os assassinos tinham inveja pelo fato de Gustavo ter uma moto relativamente cara para os padrões do bairro. Por isso, fazia sucesso com as garotas.

Jhonatan Queiroz do Prado, 21, o “Loirinho”, autor dos tiros, foi condenado a 15 anos, 9 meses e 22 dias. Ryan Silveira Cardozo, 19, que não aceitava o fato de Gustavo se envolver com sua ex-namorada, pegou 12 anos pelo homicídio e 1 ano pela posse da arma.

Matheus Henrique Machado Souza, 24, amigo de Gustavo e apontado com o responsável em atrair o rapaz até o local da emboscada, pegou a maior pena: 16 anos e 6 meses inicialmente em regime fechado.

Os três foram presos pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) dois dias após o crime e aguardaram o julgamento recolhidos na PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

O juiz Eguiliell Ricardo da Silva, que presidiu o julgamento, manteve a prisão preventiva dos três condenados e determinou que eles permaneçam recolhidos no presídio mesmo em caso de recurso da defesa contra as sentenças.

A acusação foi feita pela promotora de Justiça Claudia Almirão. A defesa de Ryan e Johnatan foi feita pela Defensoria Pública. Na defesa de Matheus Souza atuou o advogado douradense Carlos Eduardo Mendonça Evangelista.

Ryan (boné azul) e Gustavo em foto de quando ainda eram amigos, meses antes do crime (Foto: Arquivo)
Ryan (boné azul) e Gustavo em foto de quando ainda eram amigos, meses antes do crime (Foto: Arquivo)

“A gente não perdoa” – No dia em que os três assassinos foram apresentados pela polícia, Ryan justificou o crime afirmando que o amigo tinha “pegado” sua ex-namorada, por isso decidiu matá-lo.

“Ele pegou minha ex-namorada e matou o amigo do meu parceiro. Do mesmo jeito que ele não perdoou, a gente também não perdoa. Esse é o fim para todos que pegam mulher dos outros. Toma cuidado, quem fica pegando mulher dos outros morre!”, afirmou Ryan, em entrevista coletiva.

Jhonatan do Prado confessou ter disparado os tiros e diz que matou Gustavo para vingar um amigo morto a facadas em 2017. A polícia confirma que Gustavo foi apontado como um dos autores da morte. Matheus negou ter atraído o amigo para a emboscada. Ele alegou ter chamado Gustavo ao bairro para destrocarem os capacetes e que Ryan e Jhonatan aproveitaram para matar o desafeto.

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