Greve dos bancários fecha todas agências em Corumbá e Três Lagoas
As 11 agências bancárias de Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande e os cinco bancos de Ladário e Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, também não abrirão nesta manhã, de acordo com os sindicatos dos bancários, que representam essas regiões.
Em Corumbá e Ladário há três bancos privados e dois estatais, Itaú, Santander, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. De acordo com o jornal Diário Corumbaense, as agências amanheceram adesivadas com cartazes que informam o início da greve. Conforme o presidente do sindicato da categoria na região, Agostinho Colombo, há aproximadamente 160 bancários nesses municípios e a determinação é acompanhar os passos da mobilização nacional.
Na região de Nova Andradina, a 300 quilômetros de Campo Grande, as agências da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, HSBC e Bradesco também irão paralisar suas atividades, segundo a diretora regional do Sindicato dos Bancários de Naviraí em Nova Andradina, Luciana Ruiz Leme. Em entrevista ao jornal Nova News, a presidente da entidade disse que a Caixa Econômica foi a primeira a confirmar a greve. “Mas nesta tarde, as demais unidades também se posicionaram de forma positiva à paralisação por melhores condições de trabalho. Lembramos que o movimento grevista é por tempo indeterminado”, ressaltou Luciana Leme.
Em Três Lagoas, a 338 quilômetros da Capital, 100% das agências não abrirão hoje, segundo o Sindicato dos Bancários de Três Lagoas. “Aqui as 11 agências da cidade estão fechadas. Quem precisa de serviços que só podem ser feitos dentro do banco ficam prejudicados, mas os caixas eletrônicos estão funcionando normalmente”, informou a presidente da entidade, Thelma Rocha Caniço.
Na região de Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, a greve deve afetar 50 agências em 13 cidades. Somente no município a adesão à greve é de 100% e as 29 agências não abrirão a partir de hoje, de acordo com o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Dourados e Região.
Negociação - Os bancários querem reajuste de 12,5% nos salários, piso salarial de R$ 2.979,25 e aumento maior para os vales refeição, alimentação e auxílio-creche/babá; que estão entre os 20 itens da reivindicação. A categoria cobra ainda o fim das dispensas sem motivo, da cobrança por metas, ampliação dos itens do projeto piloto de segurança para todo o Brasil e igualdade de oportunidades na ascensão profissional.
Na última reunião com os sindicalistas, no sábado (28), a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) propôs aumentar de 7% para 7,35% o reajuste salarial. Sindicalistas de todas as regiões do país negaram a proposta.